O drama enfrentado pela produção animal com a dolarização do milho e a quebra da safra do grão no corrente exercício não termina tão cedo. Ainda que seu consumo interno aumente bem menos que nos anos anteriores. Ainda, também, que suas exportações sejam mais de um terço menores que as do ano passado.
Pelos números finais da safra 2020/2021 divulgados pela CONAB, o suprimento do grão neste ano (98,6 milhões de toneladas) será o segundo menor dos últimos cinco anos, recuando 13,5% em relação ao ano passado e quase igualando-se ao de 2018 (perto de 97,5 milhões de toneladas).
Já o consumo interno está sendo estimado em pouco mais de 70,8 milhões, volume que representa incremento anual de 3,2%, índice de expansão bem mais modesto que os registrados em 2020 (5,7%) e em 2019 (9,8%).
Já no tocante às exportações, a CONAB estima algo em torno dos 22 milhões de toneladas, quase 37% menos que em 2020 e o menor volume destes últimos cinco anos.
O balanço de tudo é um estoque final (em 31 de janeiro de 2022) inferior a 5,8 milhões de toneladas, pouco mais da metade (54,6%) do estoque final da safra passada e, igualmente, o menor volume final das últimas cinco safras.
A saga dos consumidores, portanto, não termina tão cedo.
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