A Klabin, maior produtora e exportadora de embalagens de papel e papéis para embalagem do Brasil, acaba de receber a certificação internacional FSC® (Conselho de Manejo Florestal, em português), atestando a sustentabilidade da sua lignina Kraft de pínus e do licor preto, produtos das suas florestas de pínus, também certificadas pelo FSC,® e utilizadas para fabricação de celulose e papel. É a primeira vez que uma companhia brasileira recebe a certificação de produtos que eram considerados, até então, como subprodutos do processo de fabricação de papel e celulose e que, a partir de agora, poderão ser utilizados para fins mais nobres.
Lignina Kraft de pínus certificada FSC® pela APCER Brasil
A lignina é um dos maiores componentes da madeira e é extraída durante o processo de produção de celulose, contribuindo para a produção de vapor e energia nas fábricas. É também um composto que demonstra alto potencial de substituição de diversas matérias-primas de origem fóssil nos mais variados segmentos de mercado, como resinas, cosméticos e, até mesmo, fibra de carbono.
lignina kraft de pínus
De acordo com Marcelo Muguet, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Klabin, a novidade vem sendo trabalhada há cinco anos e faz parte do programa de pesquisa e desenvolvimento da Companhia, que busca impulsionar a sustentabilidade por meio da inovação e que investe continuamente em estudos para novas soluções que gerem excelentes resultados ambientais e financeiros. “A lignina Kraft de pínus, que em seu estágio primário, ou seja, na própria natureza, oferece resistência e durabilidade às árvores, é uma excelente solução para geração de energia limpa e produtos mais sustentáveis para nosso dia-a-dia. E vale lembrar que, na nossa Planta Piloto de extração de Lignina Kraft, temos capacidade de geração de uma tonelada do composto por dia”, afirma.
“O manejo florestal responsável tem grande importância não apenas para o meio ambiente em si, mas também para a economia e o social”, diz Daniela Vilela, diretora executiva do FSC Brasil. “Por isso, investir em pesquisa e inovação, como fez a Klabin, é fundamental para maximizar esses benefícios e estimular a conservação”, acrescenta.
“A obtenção da certificação da cadeia de custódia da lignina kraft de pínus é resultado de um processo de inovação contínuo por parte da Klabin, que demonstra o porquê da empresa ser referência mundial em seu setor de atividade e sua capacidade de oferecer produtos diferenciados, sempre com base numa política de sustentabilidade que integra toda a cadeia produtiva e no respeito pelo meio ambiente”, afirma Alessandra Costa, diretora-executiva da APCER Brasil.
Licor preto da Companhia também foi certificado pelo FSC® em mais uma parceria com o Imaflora
licor preto
A certificação da lignina kraft de pínus é resultado do extenso trabalho exercido pela Klabin para a validação de todos os seus processos e produtos. Neste sentido, a Companhia também obteve a certificação FSC® para o licor preto produzido na unidade de Correia Pinto, em Santa Catarina.
Originado durante o processo de fabricação da celulose, o licor preto é um subproduto do cozimento da madeira de florestas plantadas. Conhecido como principal combustível de uma planta integrada de celulose e papel, possui em sua composição compostos orgânicos e inorgânicos que geram energia térmica e renovável para a indústria de celulose e papel, capaz de movimentar o processo produtivo nas caldeiras industriais da Companhia. Sua certificação foi um passo essencial para ter a certificação completa do processo, viabilizando sua utilização em soluções nobres, que vão além da geração de energia.
“A certificação da cadeia de custódia FSC® do licor preto é um importante avanço para que os novos produtos florestais que serão desenvolvidos cheguem aos consumidores com a garantia da origem socioambiental. Além disso, entendemos que a recuperação do licor preto, nesse inovador processo da Klabin de extração da lignina, dá foco ao potencial da economia circular como um tópico a ser cada vez mais integrado, somando com a certificação FSC®”, afirma Mariana Figur Seide, coordenadora da certificação de cadeias de custódia no Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).