Alta no preço da carne bovina contribuiu
O abate de suínos no Acre teve alta de 15% no segundo semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em relatório do Observatório do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre.
Os dados foram divulgados na primeira quinzena de setembro e mostram que entre os meses de abril, maio e junho foram abatidas 13,3 mil cabeças de suínos. Conforme o relatório, este é um um recorde na série histórica, que o IBGE iniciou em 1997 e que, no estado acreano os primeiros registros foram a partir do terceiro trimestre de 1999.
Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de 5,3%. O recorde veio em função do aumento das exportações de carne suína para o exterior, principalmente para a Bolívia.
“Tem duas explicações. A principal é o crescimento do consumo interno porque o preço da carne bovina está muito alta, cresceu muito e a suína não aumentou nem diminuiu e isso faz com que a carne de porco fique muito mais acessível que a bovina e isso aumentou o consumo interno. O segundo é que tem ampliado muito as exportações do Acre para o mercado exterior, principalmente para a Bolívia”, disse Orlando Sabino, economista e coordenador do Observatório.
No Brasil, também foi registrado uma marca histórica e foi atingido o abate de 13,04 milhões de cabeças no segundo trimestre, com alta de 7,6% no comparativo anual e de 2,9% na variação trimestral.
Sabino diz ainda que a expectativa é que o estado continue crescendo com o abate dos suínos.
“Nós tínhamos um grande gargalo aqui que era a questão do milho que é a matéria-prima principal para a ração e nós estamos autossuficientes no ano passado e a safra deste ano também está muito promissora e isso favorece também porque baixa os custos de produção e fortalece a pecuária de suínos aqui no Acre”, conclui.