As exportações da proteína brasileira deve ter um crescimento modesto em relação ao ano passado, na ordem de 1%
De acordo com dados divulgados em coletiva concedida nesta quarta-feira (10) pelo Rabobank detalhando as perspectivas para o agro brasileiro em 2022, a expectativa para a suinocultura brasileira é de aumento na produção e crescimento modesto nas exportações, enquanto a china recompõe o rebanho de suínos e produção de proteína.
O reporte do banco pontua que o movimento de abate de matrizes em algumas regiões da China, somado aos altos custos de produção e queda do faturamento, devem impactar no ritmo de recuperação do rebanho em 2022, e com isso, ea expectativa é de um aumento de 5% no plantel suíno.
A perspectiva do Real mais desvalorizado pem 2022 pode trazer ainda mais oportunidades para carne suína brasileira, mesmo com a expectativa de nova queda na demanda do gigante asiático. Sendo assim, apesar de um crescimento modesto de 1% nas exportações de carne suína brasileira, o aumento deve fazer o Brasil atingir um novo recorde em volume embarcado, alcançando 1,1 milhão de toneladas no ano que vem.
No mercado interno, apesar das diferenças entre as regiões produtoras e consumidoras, de maneira geral, os incrementos na oferta tem desafiado a demanda e dificultado os aumentos de preços tanto do suíno vivo como da carcaça.
Conforme pontua o relatório do Rabobank, o início de 2022 será o primeiro desafio para a suinocultura brasileira, com a redução sazonal na demanda para a China em janeiro, somada ao menor consumo doméstico nesse período. Isso pode trazer um cenário de pressão nos preços do atacado/varejo com o próprio mercado testando o poder de compra do consumidor.
“Vale mencionar que o comportamento da demanda no feriado do Ano novo chines, somado aos desafios adicionais com a PSA e Covid-19 (com a chegada das estações mais frias) vão direcionar as exportações brasileiras no início de 2022. A procura por novos destinos deve se intensificar no próximo ano com a tendência de recomposição do plantel suíno da China e recuperação da oferta global elevando a competitividade no mercado externo”, informou o relatório.