Quando, na última sexta-feira, 1º de outubro, a SECEX/ME divulgou os dados relativos às exportações brasileiras de setembro, a Nação respirou aliviada. É que o temido retrocesso nos embarques de carne bovina – quinto principal produto de exportação do Brasil no presente exercício – não se confirmou. Bem pelo contrário, o desempenho do mês pode ser considerado excepcional. E não só para a carne bovina.
Com o auto embargo nas exportações para a China, declarado pelo Ministério da Agricultura logo nos primeiros dias do mês passado, ficou vedado à carne bovina brasileira o acesso a seu principal mercado neste ano. Daí a expectativa de forte retrocesso nos embarques do produto no mês.
Inversamente, porém, a SECEX/ME registrou aumentou de 31,38% no volume embarcado, desempenho que veio acompanhado de uma melhora de 41,37% no preço médio. Resultado: um aumento de mais de 85% na receita cambial, com resultados que corresponderam a recordes no volume, no preço médio e na receita.
Igualmente significativo foi o aumento nos embarques de carne suína: um terço a mais que em setembro de 2020 e – aparentemente pela primeira vez, considerado apenas o produto in natura – a superação das 100 mil toneladas mensais. Mas como o preço médio, embora maior, registrou aumento moderado (+2,73%), o aumento na receita não teve grande expansão em relação ao volume, ficando em 37,64%.
Mais expressiva, neste caso, foi a evolução da receita cambial da carne de frango: aumento de, praticamente, 55% sobre setembro de 2020, reflexo de aumentos de 21,73% no volume embarcado e de 27,07% no preço médio.
Com tais desempenhos, as carnes obtiveram em setembro receita próxima dos US$2 bilhões, o melhor resultado mensal da história do setor.
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