Com a demanda externa firme por carnes, a cooperativa paranaense Copacol está investindo R$ 150 milhões em uma unidade produtora de leitões, com capacidade para 10 mil matrizes, e outros R$ 30 milhões na produção de ração.
O investimento será concluído no fim do ano que vem e tem a contrapartida dos produtores cooperados, que aplicarão outros R$ 120 milhões na engorda de animais. A expectativa é de entregar à cooperativa central Frimesa, da qual a Copacol é uma das filiadas, 300 mil suínos a partir de 2023 para suprir a ampliação prevista dos abates.
A Copacol, que espera fechar o ano com 6,9 mil cooperados no sudoeste e oeste do Paraná, também vai investir R$ 30 milhões em armazenagem. “Queremos aumentar em 50 mil toneladas a capacidade de estocagem de matéria-prima, principalmente milho”, conta Valter Pitol, diretor presidente. A quebra da safrinha deste ano obrigará a Copacol a comprar milho de Mato Grosso, do Paraguai e até da Argentina. “Onde tiver milho vamos buscar até julho do ano que vem.” A cooperativa produz mais de 100 mil toneladas de ração por mês.
Avanço
Pitol estima que a exportação de frango da Copacol cresça neste ano de 180 mil para 240 mil toneladas. Volume não absorvido pelo mercado interno irá principalmente para Ásia, Europa, Oriente Médio, África e México.
“No ano passado, nosso faturamento de exportação, entre frango, farelo e óleo de soja, foi de US$ 460 milhões e em 2021 esperamos passar de US$ 550 milhões.” O abate de 680 mil frangos por dia deve ficar estável.
Para o futuro
A Copacol adquiriu no ano passado uma indústria de peixes em Toledo (PR) e pretende aumentar progressivamente os abates de tilápia na unidade, de 20 mil por dia atuais para 80 mil por dia até 2025. Os cooperados, por sua vez, devem aplicar ao menos R$ 80 milhões na construção de tanques para ampliar a produção de peixes. Na unidade de Nova Aurora (PR), a capacidade máxima diária de abates, de 150 mil tilápias, já está perto de ser alcançada – a cooperativa prevê atingir, até o fim do ano, 140 mil peixes/dia.