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Entre todos os problemas sanitários que acometem os suínos, as doenças respiratórias são as mais comuns e as que geram maior impacto financeiro para as granjas. “Em geral, essas enfermidades se caracterizam por quadro de pneumonia de origem bacteriana ou viral”, explica o médico veterinário André Buzato, mestre em sanidade e produção animal e gerente técnico de suínos da Vetoquinol Saúde Animal.
De acordo com o especialista, a pneumonia provoca inflamação dos pulmões, prejudicando todo o processo respiratório dos animais e causando grandes prejuízos aos suinocultores. “Esse impacto não é pequeno, tendo em vista que o país produz 4 milhões de toneladas de carne, sendo o 4º maior produtor mundial da proteína”, comenta Buzato, utilizando dados da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS).
Os prejuízos são consistentes, podendo resultar na morte do animal ou condenação de carcaça nos frigoríficos. Dessa forma, os produtores devem ficar atentos a sinais clínicos apresentados por quadros de pneumonia. São eles: tosse, febre, dificuldade respiratória, diminuição no consumo de ração, piora no desempenho zootécnico, choque endotóxico (também conhecido como choque séptico), pleurite e pleurisia.
“São três os principais problemas do chamado Complexo das Doenças Respiratórias dos Suínos (CDRS): a pausteurelose, a pleuropneumonia e a Doença de Glässer. Esse complexo, assim denominado pelo fato de combinar agentes patogênicos e fatores de risco associados às doenças respiratórias, pode evoluir para quadro grave, com alta morbidade, mortalidade e redução do desempenho zootécnico”, informa o médico veterinário da Vetoquinol.
A pausteurelose é uma infecção pulmonar causada pela bactéria Pasteurella multocida. Afetados por esse agente, os suínos adquirem broncopneumonia exsudativa, pleurite e dificuldade respiratória. “Também podem ocorrer abscessos nos pulmões. Os animais acometidos se isolam, ficam deprimidos e diminuem o consumo de ração. Nesses casos, pode haver morte por choque endotóxico ou falha respiratória”, alerta Buzato.
Já a pleuropneumonia, causada pela bactéria Actinobacillus pleuropneumoniae, pode provocar morte súbita e fazer com que os suínos eliminem sangue pelas narinas e pela boca – casos mais prevalentes nas formas aguda e superaguda da doença. “Na forma crônica, é possível verificar aderências de pleura e pericárdio, focos encapsulados de necrose pulmonar. Os sintomas são febre, apatia, dificuldade para respirar e tosse profunda”.
Terceiro problema mais comum, a Doença de Glässer caracteriza-se por inflamação das membranas serosas e ocasiona pleurite, pericardite, peritonite, artrite e meningite. “Esta doença, causada pelo agente bacteriano Haemophilus parasuis, tem alta mortalidade. Entre os sobreviventes, há depreciação de carcaças. “Como sintomas, destacam-se anorexia, febre e apatia. Em alguns casos, pode haver sintomatologia nervosa, como tremores e falta de coordenação.”
Prevenção e tratamento – Os principais fatores de risco para o Complexo das Doenças Respiratórias dos Suínos estão relacionados a ambiente, manejo e condições sanitárias dos animais. “Assim, oscilações constantes na temperatura do interior dos galpões, manejo inadequado de cortinas, mistura de animais de diferentes origens, superlotação, vazio sanitário inapropriado e falhas de limpeza e desinfecção contribuem para a disseminação do problema”, alerta André Buzato.
Mesmo seguindo todas as regras, eventualmente, os animais podem ser acometidos por alguma enfermidade. Para esses casos, existe cura. A Vetoquinol Saúde Animal, uma das 10 maiores indústrias veterinárias do mundo, desenvolveu Forcyl, potente antibiótico injetável para o tratamento das doenças respiratórias em suínos. O medicamento tem como princípio ativo a marbofloxacina, que proporciona excelentes resultados com dose única.
“Forcyl tem exclusivo modo de ação que combina alta concentração plasmática e rápida ação em uma única dose, proporcionando tratamento muito eficaz para as principais doenças respiratórias dos suínos e consequente rápido retorno dos suínos ao processo produtivo. O medicamento pode ser utilizado com total segurança até 9 dias antes do abate, gerando praticidade e maior rentabilidade aos suinocultores”, finaliza o veterinário.