A curva sazonal de preços do boi, suíno e frango vivos (na verdade, puro reflexo dos períodos de safra e entressafra da carne) mostra que entre janeiro e maio os valores recebidos pelos produtores são decrescentes, só começando a reverter-se a partir de junho.
Em 2021, porém, o comportamento vem sendo diferente, pois no primeiro trimestre os preços registrados foram ascendentes e só agora, nos primeiros dias de abril, dão leves sinais de inflexão.
Mas não só isso. Pela curva sazonal, o exercício é aberto com preços cerca de 6% superiores à média do ano anterior, mas que normalmente decrescem nos meses seguintes, chegando a abril com um valor próximo, mas inferior, à média do ano anterior.
Pois neste ano o período foi aberto com preços quase 18% superiores à média de 2020, índice que subiu para 22% em março – uma diferença de 19,5 pontos percentuais frente ao apontado pela curva sazonal.
O único senão dessa história é que (como mostra o gráfico abaixo à direita), desde março apenas boi e frango vêm contribuindo para a ascensão da curva, visto que o suíno fechou o terceiro mês do ano com grande declínio de preços e, embora agora registrando recuperação, permanece com preços ainda inferiores à média do mês passado.
O melhor desempenho continua com o boi, cuja média de preço nestes primeiros dias de abril se encontra quase 40% acima da média registrada nos 12 meses de 2020. O frango vem na sequência, com um ganho próximo de 28%, enquanto o suíno enfrenta involução, seu preço médio, em abril, correspondendo a valor 8,8% inferior à média de 2020.
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