Losivanio Luiz de Lorenzi segue à frente da Associação tendo como vice o suinocultor Rudi Altenburger
Com apenas uma chapa inscrita foi realizada na manhã desta sexta-feira (1) a eleição da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). O atual presidente da entidade, Losivanio Luiz de Lorenzi, foi reconduzido ao cargo para mais quatro anos de gestão, tendo o suinocultor Rudi Altenburguer como vice-presidente. A cerimônia de posse da diretoria eleita será no dia 14 de janeiro de 2022.
A diretoria que seguirá à frente dos trabalhos pelo quadriênio 2022/2026 assegura que manterá o diálogo aberto com todas as regiões produtivas de Santa Catarina, valorizando os suinocultores independentes, integrados e cooperados. “Foi mais um momento democrático da nossa entidade. Tivemos apenas uma chapa inscrita para a eleição. Mostra o trabalho sério que estamos desenvolvendo à frente da ACCS. Trabalhamos sério para apresentar aos governos e indústrias as alternativas para termos uma suinocultura mais justa e sustentável. Assim seguiremos o nosso trabalho de representação dos suinocultores, que é árduo, mas gratificante”, destaca o presidente reeleito Losivanio Luiz de Lorenzi.
Os representantes dos núcleos regionais e municipais da entidade que estiveram presentes na eleição acompanharam uma palestra virtual com o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, que apresentou números de mercado e reafirmou a parceria entre as associações.
Entrevista ping-pong com o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi
Quais são os desafios da nova gestão e da suinocultura nos próximos anos?
LOSIVANIO – Os desafios são enormes, primeiro porque não sabemos o que vai acontecer no mercado e temos que estar sempre nos transformando para possamos dar sempre o melhor resultado para o produtor. Defender a questão sanitária está em primeiro lugar porque a crise derruba e a sanidade mata. Com tantos problemas mundo afora em relação a peste suína africana, temos que ser ainda mais profissionais para continuarmos livres de todos esses vírus que afetam a produção e o mercado internacional. Há dois anos a China foi acometida pela peste suína africana. No ano passado a Alemanha foi afetada e em 2021 a República Dominicana e o Haiti registraram a doença. É preocupante porque a peste suína africana está se aproximando do Brasil. Em várias regiões de Santa Catarina temos imigrantes destes países que estão em busca de oportunidade de trabalho, principalmente na indústria. Por isso precisamos redobrar todos os cuidados com a sanidade.
Como é estar à frente de uma entidade com mais de meio século de história e que representa um dos pilares da economia catarinense e nacional?
Sem dúvida alguma é uma responsabilidade muito grande. Somos a entidade mais representativa da suinocultura brasileira por todos os trabalhos que fazemos, não só em defesa do produtor, mas também olhando sempre o lado das indústrias e cooperativas e trabalhando também na questão do marketing da carne suína. Se não tivermos o consumo não teremos a remuneração que precisamos dentro da nossa propriedade rural. Sem ganhos não temos como promover a sucessão familiar.
Buscamos sempre trabalhar em harmonia com todos os elos da produção, além de toda política junto ao governo e entidades, para que as leis possam atender o que a produção necessita, sem travar o desenvolvimento no meio rural e ter o aumento de produção necessário para atender a demanda dos mercados, sejam eles nacional ou internacionais.
Quais são os projetos para a próxima gestão?
Como não tivemos disputa na eleição da ACCS, entendemos que o trabalho realizado precisa ser continuado. Claro que sempre estamos em busca de novas oportunidades para agregar desenvolvimento para o setor. Os projetos que estão em andamento e os novos que buscamos, serão fundamentais para a melhoria no campo.
PAUTAS DA ACCS
– Continuar apoiando os núcleos municipais e regionais para que possam promover palestras e eventos do interesse dos suinocultores e também para que realizem a divulgação da carne suína. Desta forma os núcleos e podem gerar receita para dar manutenção às atividades do dia a dia;
– Lei da Integração: oferecer mais suporte às Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs), sendo que foi contratado técnicos para dar suporte aos produtores integrados;
– Manter sempre o diálogo entre indústrias e cooperativas para dar continuidade aos trabalhos em conjunto, com foco na melhoria contínua nos processos de produção de suínos com alta qualidade e renda no campo;
– Ampliar sempre o bom relacionamento com as federações e entidades como para que possamos fazer com que os suinocultores tenham todos os cursos e orientações necessárias para que continuem promissores na atividade;
– Ampliar as negociações de preços de suínos através da realização da Bolsa presencial entre produtores e frigoríficos, conforme modelo implantado na região de Braço do Norte;
– Na área política, participar ativamente dos trabalhos que envolvam a suinocultura ou suinocultores, para que não sejamos penalizados por leis que não condizem a nossa realidade.
COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA 2022/2026
Presidente: Losivanio Luiz de Lorenzi
Vice-Presidente: Rudi Altenburger
Conselheiros Fiscais Efetivos: Daniel Michels, Francisco Canossa e Vilson Spessatto
Conselheiros Fiscais Suplentes: Leonir Favretto, Marcos Antonio Spricigo e Valdir Moraes