Levando em conta que a inflação de setembro, medida pelo IPCA-15, ficou em 1,14%, constata-se que apenas o suíno e o farelo de soja superaram essa marca, ainda assim por diferença mínima. Ou seja: o frango vivo permaneceu com a mesma cotação de agosto, enquanto o boi (afetado pelos casos atípicos de doença da vaca louca) está vendo seu preço recuar perto de 3,5%.
Porém, o recuo mais significativo do mês – queda de quase 7% – fica com o milho. O que, para a produção animal ainda não tem maior significado, visto que, na média dos nove primeiros meses de 2021 ou mesmo em relação aos preços de um ano atrás, a principal matéria-prima do setor continua liderando as altas registradas.
Assim, em comparação aos valores registrados em setembro de 2020 quem mais se aproxima do milho é o frango, cuja cotação se encontra a apenas 4,61 pontos percentuais do grão. Para o boi, a distância é maior, de 28,4 pontos percentuais. Mas a pior situação permanece com o suíno, com 63,1 pontos percentuais abaixo do milho.
De toda forma, o ganho anual do frango se dilui ao tomar-se como base de comparação o preço médio dos três primeiros trimestres de 2020 e 2021. Porque seu preço, embora empatando com o do farelo de soja, fica mais de 20 pontos percentuais abaixo da evolução registrada pelo milho.
E como os preços do boi registram evolução muito próxima da obtida pelo frango, quem mais perde, novamente, é o suíno, já que seu preço, perto de 22% superior ao de idêntico período de 2020, permanece a mais de 50 pontos percentuais de distância da valorização obtida pelo milho.
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