A queda de preço que atingiu a carne de frango em fevereiro foi, pode-se dizer, mínima – mais exatamente, de meio por cento. Ainda assim, repetiu-se pelo terceiro mês consecutivo, chegando ao segundo mês de 2022 com um retrocesso de 3,5% em relação ao pico de preços de 2021 (109,26 pontos em novembro do ano passado).
De acordo com a FAO, dois fatores contribuíram para a nova queda do mês passado: redução das importações pela China findas as comemorações do Ano Novo chinês; e a menor demanda doméstica interna por parte do consumidor brasileiro.
Igualmente mínimo, mas positivo, foi o reajuste da carne suína, já que inferior a 1%. Indicativo de estabilidade, que se mantém há, praticamente, cinco meses e deixa a impressão de que começa agora uma fase de recuperação. Segundo a FAO, o ligeiro aumento de fevereiro deveu-se à redução da oferta e ao aumento da demanda não só na União Europeia mas também nos EUA.
A bovina permanece como “a carne da vez”. Pois – observa a FAO – impulsionado pela forte demanda global em meio a uma oferta restrita por parte do Brasil e a uma recomposição de rebanhos na Austrália, o preço do produto no mercado internacional atingiu novo recorde.
Na verdade, há nove meses os preços da carne bovina vêm registrando recordes quase sucessivos. Em junho de 2021 romperam um recorde que permanecia imbatível desde novembro de 2014 (118,83 pontos) e agora já se encontram em 133,19 pontos.
A carne de frango ainda não superou seu recorde, alcançado em abril de 2013: 129,66 pontos. Em fevereiro seu preço retrocedeu para 105,45 pontos.
O mesmo se aplica à carne suína, cujo maior preço ocorreu em junho de 2014, ocasião em que foram atingidos 134,02 pontos. No momento o preço do produto se encontra em 89,86 pontos, sendo o único a ficar abaixo da média de 100 pontos registrada no triênio 2014/2016, período-base dos atuais levantamentos da FAO.