Felipe Miranda de Souza Almeida
Pesquisador da área de macroeconomia do Cepea
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Apesar de impactado pela covid-19, o mercado de trabalho do agronegócio brasileiro se mostrou resiliente nos últimos anos. A crise sanitária, iniciada ainda no final do primeiro trimestre de 2020, até potencializou a fragilidade do setor e intensificou movimentos observados antes da pandemia, mas a população ocupada (PO) mostrou sinais de recuperação já a partir do terceiro trimestre de 2020.
Como evidenciado pela equipe Macroeconomia/Cepea, no terceiro trimestre de 2021 (3T2021), o agronegócio brasileiro ocupou mais de 18,9 milhões de pessoas, alcançando uma participação de 20,3% no total de empregos gerados na economia. Este resultado é reflexo de um crescimento de 3,6%, ou de quase 653 mil pessoas, em comparação com o trimestre anterior (2T2021); e de 10,2%, ou quase de 1,76 milhão de pessoas, na comparação com o 3T2020 (BARROS et al., 2021). Destaca-se que esse movimento foi mais forte do que simplesmente de recuperação, o que deve refletir a boa conjuntura do agronegócio observada desde 2020.
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