Com excelência na produtividade, o Brasil sai na frente na exportação de suínos. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), 23% de toda a produção vai para o mercado externo. O principal destino é a China. Já 77% fica por aqui. Isso porque o brasileiro em dez anos, aumentou o consumo da carne suína. Conforme os dados da ABPA, em 2010, a média era de 14 quilos por habitante. Em 2020, aumentou para 16 kg/hab.
Toda essa demanda reflete na alta qualidade da indústria suinícola, que cada vez mais tem se destacado e se preocupado em manter os padrões de biosseguridade. Entretanto, produtores precisam estar atentos quanto à transmissão de doenças por vetores como roedores, moscas, pássaros e mamíferos silvestres.
Por isso, o ambiente adequado é importante para prevenir doenças. Entre as medidas gerais de controle estão: a cerca de isolamento; destino adequado do lixo, dos animais mortos, de restos de parição e de dejetos; a limpeza e organização da fábrica e depósito de rações e insumos e dos galpões e arredores.
Conforme o médico veterinário Anderson Vatraz SIlva, se não houver cuidado, os produtores podem arcar com diversos prejuízos. “Sabemos os custos e os prejuízos que pode trazer dentro da produção, além de todas as questões envolvendo saúde – tanto dos humanos, quanto dos animais -, porque são portadores e podem ser transmissores de doenças, como a leptospirose e salmonelas”, diz.
Anderson ressalta ainda que os principais inimigos da suinicultura são os roedores e as moscas. “Ambos trazem impactos grandes, porque envolve muito a questão de custos, trazendo a questão de alimentação com os roedores, que fazem a ingestão das rações presentes dentro dos galpões. E também, o stress que as moscas trazem para dentro do ambiente. Ambos necessitam de um cuidado maior no seu controle”, completa.
Quando se tem um ambiente favorável aos suínos, o mesmo também pode chamar a atenção dos roedores. O veterinário salienta que para não atrair esse tipo de imprevisto dentro das granjas, deve-se trabalhar na prevenção. “A gente fornece alimentos para eles, ambiente, temperatura adequada. Tudo para eles se proliferarem. Então, a gente tem que trabalhar uma maneira de prevenção, realizando um controle tanto dentro da propriedade, do galpão, quanto envolvendo a vizinhança. Por exemplo, fazendo armadilhas dentro dos galpões, a cada quinze metros, fazendo todo esse controle em planilhas”, explica.
Se não cuidar, o prejuízo chega até para os galpões, que acabam sendo danificados. “Uma das maiores causas de incêndio, tanto dentro de instalações como de casas, tem ação de roedores. Então, eles causam danos nas instalações elétricas”. Ou seja, é melhor a prevenção, o cuidado diário para não causar danos futuros. “A partir do momento em que esses invasores começam a fazer estragos, a gente vai começar a perceber que a prevenção vai ser mais barata que o conserto dos prejuízos”, finaliza o médico veterinário.
Você pode conferir o programa na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=yQPzY6sKpgc&t=3s