Depois de aumentar perto de 4,5% no ano passado, em 2022 a produção mundial de carnes deve registrar expansão bem mais modesta, inferior a 1,5%. O comércio – que já foi restrito no ano passado devido à pandemia – encolhe ainda mais, seu incremento anual não chegando a meio por cento.
Na produção, a maior expansão (2,53%) está sendo prevista para a carne suína. É o reflexo, sobretudo, da recuperação da produção chinesa que, mesmo assim, cresce bem menos que em 2021 (11,57%).
Na sequência vem a carne ovina, com aumento previsto de 1,22%. Mas ela é pouco representativa na produção total, correspondendo a menos de 5% do volume mundial previsto.
A produção de carne bovina pode registrar crescimento maior que o do ano passado, mas igualmente modesto, inferior a 1%.
O menor índice de expansão, pois, recai sobre a carne avícola (essencialmente, carne de frango): apenas 0,73% de aumento ou, somente, 1 milhão de toneladas a mais. Porém, permanece como a de maior produção mundial, respondendo por 38,5% do total previsto. A carne suína fica com quase 35% e a bovina com pouco mais de 20%.
No comércio internacional, as probabilidades da carne avícola se invertem, pois é a que tende a um maior aumento: pouco mais de 2,5%. Mesmo assim, uma diferença de apenas 0,05 ponto percentual em relação ao incremento apontado para a carne bovina, cujo comércio deve aumentar 2,48% neste ano.
Com a contínua recuperação da produção chinesa, a carne suína tende a ser a única a continuar com redução de comércio em 2022. Pela projeção da FAO, o volume transacionado internacionalmente pode recuar perto de 4, o que, se confirmado, irá significar redução de mais de 6% em dois anos.
No que tange à participação no comércio mundial, a carne avícola mantém o mesmo índice observado na produção: ao redor de 38% do total. As carnes suína e bovina têm, agora, índices praticamente idênticos de participação (pouco mais pouco menos de 29% cada) e a carne ovina fica com, aproximadamente, os 3% restantes.