O mercado brasileiro na última semana relatou poucos negócios, influenciado pelas expectativas no clima dos Estados Unidos. Contudo, nesta semana foram registrados um maior número de negociações, segundo o analista Fernando Loureiro, da Tarken, agritech brasileira que oferece um marketplace para trading de grãos.
“Em Goiás, a colheita do milho se aproxima dos 40%, fato que ditou a semana no estado. Os preços seguiram a oferta de grão nos silos, com valores pouco atrativos acarretando um mercado travado. O frete é outro estorvo para as negociações goianas, o valor de transporte está 3% mais alto que em comparação à junho”, explica o especialista.
Neste cenário, de produtores travando negociações devido a valores baixos, a armazenagem e o frete podem ser problemas para negociações futuras, já que a colheita no estado avança a cada dia. “Em algumas localidades já são relatados alguns problemas para manter e transportar os grãos negociados”, conta.
Segundo Loureiro, o mercado futuro segue atento ao clima das lavouras americanas. “No início da semana, as bolsas seguiam apreensivas pelas chuvas, que chegaram ao longo da semana no meio oeste americano. Isso deverá representar quedas nas cotações brasileiras, agravada pela quase perfeita polinização das plantações dos Estados Unidos”, analisa.
O próximo relatório do USDA deve direcionar o comércio de commodities em agosto, conforme explica Fernando. “Vale ressaltar que o clima não foi uma preocupação exclusiva dos Estados Unidos, em Goiás queimadas e clima seco preocupam os produtores do sul do estado”, afirma.
As cotações estão no estado a R$ 75,29 representado uma leve queda com a última semana. Em Jataí a cotação está a R$ 73. Rio Verde tem seus preços em R$ 74,40, mantendo o valor de cotações passadas.