Ontem, a segunda-feira (05) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando novas movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 1,67% e flutuaram na faixa entre R$ 52,95 e R$ 62,21.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 52,95 com desvalorização de 1,67%, o setembro/23 valeu R$ 57,10 com baixa de 1,47%, o novembro/23 foi negociado por R$ 59,69 com queda de 1,21% e o janeiro/24 teve valor de R$ 62,21 com perda de 1,19%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado de porto está pressionado para o vencimento de setembro/23 diante da logística estrangulada. “É muito produto para embarcar, os portos são os mesmos para soja e tem a disputa. O novembro/23 paga R$ 2,50 a mais do que o setembro, justamente porque de novembro em diante a soja perde força e os portos ficam para o milho”.
Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho iniciou a semana com pouca movimentação. “As negociações devem seguir travadas, com consumidores ainda retraídos na realização de aquisições. Por outro lado, os produtores, que antes avançavam na fixação de oferta do cereal, agora devem atuar de maneira cautelosa na comercialização”.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também recuou neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorizações em nenhuma das praças pesquisadas, já as desvalorizações apareceram em Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Oeste da Bahia, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, em um dia de volume de negócios reduzido, o milho seguiu andando de lado no mercado físico de Campinas/SP e fechou a sexta-feira comercializado na faixa de R$ 54,00/sc.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as vendas de milho estão pontuais no mercado interno, e os preços, enfraquecidos.
Segundo colaboradores do Cepea, “consumidores realizam compras apenas quando necessário, aguardando possíveis desvalorizações mais intensas do milho, fundamentados no avanço da colheita da segunda safra, que deve ser recorde. Vendedores, por sua vez, demonstram preocupação com os recentes patamares de preços, mas alguns estão mais flexíveis nos valores e/ou prazos de pagamento”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também encerrou uma segunda-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro, que recuaram neste primeiro pregão da semana.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 5,97 com desvalorização de 11,50 pontos, o setembro/23 valeu US$ 5,30 com perda de 5,25 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,37 com baixa de 4,25 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,46 com queda de 3,25 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (02), de 1,97% para o julho/23, de 0,93% para o setembro/23, de 0,74% para o dezembro/23 e de 0,73% para o março/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho caíram de 1% a 2% após uma rodada de vendas técnicas e realização de lucros na segunda-feira.
A publicação destaca que, as inspeções de exportação de milho caíram em relação à contagem da semana anterior, depois de chegarem a 46,5 milhões de bushels. Isso ainda estava próximo ao limite superior das estimativas comerciais, que variaram entre 31,5 milhões e 55,1 milhões de bushels. Os totais acumulados para o ano-safra 2022/23 permanecem significativamente abaixo do ritmo do ano passado, com 1,177 bilhão de bushels.