Estimando que em 2023 as exportações brasileiras de carnes fiquem próximas dos 9 milhões de toneladas, o MAPA projeta, para dentro de 10 anos, volume pelo menos 30% maior, o que significa chegar a 11,7 milhões de toneladas.
Nesse total, a participação da carne de frango deve girar em torno de 54%, isto representando embarcar perto de 6,4 milhões de toneladas, quase 31% a mais que o previsto para este ano. Esse índice corresponde a um crescimento médio de 2,8% ao ano.
Porém, em valores relativos, o incremento maior na exportação deve ser o da carne suína. Embora responda por apenas 14% do volume total previsto, seus embarques devem chegar a 1,6 milhão de toneladas, volume cerca de um terço (33,47%) superior ao de 2023 – crescimento médio de quase 3% ao ano.
A menor expansão nas exportações será a da carne bovina, mas em índice não muito diferente daqueles previstos para as outras duas carnes: em torno de 2,6% ao ano, com o que deve chegar a 2033 embarcando perto de 3,750 milhões de toneladas, quase 30% a mais que o apontado para este ano.
Observando que essas taxas de incremento podem ser consideradas elevadas, o MAPA entende que são boas as perspectivas e, nesse sentido, cita projeções do USDA para 2032
indicando que o Brasil continuará líder nas exportações das carnes bovina e de frango (28,5% e 35,5% do total mundial, respectivamente) e ocupará o terceiro posto com a carne suína, atrás apenas da União Europeia e EUA.
Detalhe que não escapa: o volume de carne de frango já exportado neste ano (2,565 milhões de toneladas no primeiro semestre) corresponde a quase 53% do total estimado pelo MAPA para 2023. Ou seja: o volume previsto nas projeções tende a ser superado.
Já a carne bovina dificilmente alcançará o que foi projetado, ainda que nos últimos meses venha obtendo boa recuperação nos embarques. É que o total exportado no primeiro semestre (1,018 milhão de toneladas, pelos dados do próprio MAPA) correspondeu a pouco mais de 35% do que vem sendo estimado.
A carne suína, por seu turno, já exportou 579 mil toneladas na primeira metade do ano. Como isto representa 48% do total previsto pelo MAPA e os embarques do produto vêm num crescendo contínuo, os números finais devem corresponder à projeção, podendo até ultrapassá-la.