A hérnia umbilical é uma preocupação comum na suinocultura, especialmente em granjas que utilizam animais geneticamente mais modernos e cruzamentos entre raças, como Large White e Landrace.
Isso ocorre devido ao maior ganho de peso diário desses animais, tornando-os mais susceptíveis a essa condição. As hérnias umbilicais podem prejudicar a conversão alimentar e o ganho de peso dos suínos, além de aumentar a chance de contaminação da carcaça e até levar à morte dos animais.
Principais fatores associados ao surgimento da Hérnia Umbilical
A hérnia umbilical em suínos ocorre devido à fraqueza da parede abdominal na região do umbigo, permitindo que órgãos internos, como o intestino, sobressaiam e formem uma protuberância.
Os principais fatores associados ao surgimento dessa condição incluem a predisposição genética dos animais e o ganho de peso acelerado. Além disso, a ocorrência de lesões na região abdominal durante o manejo dos leitões também pode contribuir para o aparecimento das hérnias.
Os riscos para os animais afetados incluem dificuldades na digestão e na absorção de nutrientes, o que afeta negativamente o ganho de peso e a conversão alimentar. Além disso, a ruptura da hérnia pode levar à contaminação da carcaça, colocando em risco a saúde do consumidor final e causando prejuízos econômicos para o produtor.
Tratamento e bem-estar do suíno
O tratamento para a hérnia umbilical em suínos geralmente requer intervenção cirúrgica. O procedimento é realizado por um médico veterinário e consiste em reposicionar os órgãos internos e reparar a parede abdominal enfraquecida. Em casos graves, a cirurgia pode ser essencial para evitar complicações e salvar a vida do animal.
A hérnia umbilical pode comprometer o bem-estar do suíno, causando desconforto e dor. Além disso, os animais afetados podem apresentar dificuldades na alimentação e locomoção, o que prejudica sua qualidade de vida e seu desempenho na criação.
Contribuição dos fatores ambientais e cuidados no pós-parto
Os fatores ambientais também podem influenciar no aumento da incidência de hérnias umbilicais em suínos. Condições inadequadas de alojamento, como pisos irregulares e abrasivos, podem aumentar o atrito com o abdômen dos leitões, predispondo a lesões que levam ao surgimento das hérnias.
Portanto, é importante que os suinocultores adotem medidas preventivas, como o uso de tapetes de borracha ou carpete, para reduzir o atrito e proteger os animais durante o período de amamentação.
Após o parto, cuidados específicos devem ser tomados para garantir a saúde tanto dos leitões quanto da matriz. É essencial fornecer um ambiente limpo e higienizado, evitar superlotação nas baias, garantir a disponibilidade de água e uma dieta adequada para a mãe e seus filhotes. Além disso, a observação frequente dos animais é fundamental para identificar precocemente qualquer problema de saúde, incluindo o surgimento de hérnias umbilicais.
Controle das ocorrências de hérnia umbilical e recomendações
Para controlar as ocorrências de hérnia umbilical, o suinocultor deve adotar medidas de manejo adequadas desde o nascimento dos leitões. O uso de tapetes de borracha ou carpete durante a amamentação é uma prática simples, porém eficiente. Ele permite reduzir o atrito e prevenir lesões na região abdominal dos animais.
Além disso, é fundamental selecionar e utilizar animais com menor predisposição genética a essa condição. A adoção de boas práticas de criação, como alimentação balanceada, ambiente limpo e bem-estar animal, também contribui para a redução dos riscos de hérnias umbilicais.
Conclusão
A hérnia umbilical é um desafio para a suinocultura, especialmente em granjas que utilizam animais geneticamente mais modernos e com ganho de peso acelerado.
No entanto, medidas simples e cuidados no manejo dos animais podem reduzir significativamente a incidência dessa condição, garantindo a saúde e o bem-estar dos suínos e contribuindo para uma produção mais eficiente e sustentável.
A atenção aos fatores de risco e a adoção de práticas preventivas são essenciais para o sucesso na criação desses animais.