A manutenção da sanidade e do bem-estar animal durante o seu ciclo produtivo reflete uma cadeia produtiva de sucesso. Na suinocultura, uma atenção ainda maior com estes critérios é demandada na fase de maternidade dos leitões, cuja taxa de mortalidade entre os 7 primeiros dias de vida ainda é alta em decorrência dos desafios ambientais que estes animais enfrentam.
Duas importantes enfermidades que podem acometer os leitões no início da vida são a anemia ferropriva, uma condição inerente dos suínos que precisa ser combatida com a suplementação de ferro ainda nas primeiras horas após o nascimento, e a coccidiose, doença causada pelo protozoário Cystoisospora suis, agente amplamente disseminado pelas granjas e que impacta ativamente no desenvolvimento dos animais.
A coccidiose é uma doença que permanece endêmica em granjas de todo o mundo, com estudos recentes
sobre a patologia realizados na Espanha, Alemanha, Áustria e República Checa. Da mesma forma, no Brasil cerca de 82% das granjas são positivas para a presença de Cystoisospora suis no plantel, na Europa este número fica em torno de 70%. Apesar de ter uma baixa taxa de mortalidade, a coccidiose cursa com uma diarreia que causa perda de desempenho e, uma vez introduzida na propriedade, é muito difícil conseguir eliminação total do agente.
Autor:
Felipe Betiolo é médico veterinário e gerente de serviços veterinários de suínos da Ceva Saúde Animal.
O artigo na íntegra está disponível na edição 08 da Revista do SuiSite, a partir da página 27.