Pelo menos em relação ao frango, fica a impressão de que os números da SECEX/ME referentes à primeira semana de agosto (1 a 5, quatro dias úteis) trazem embutidos restos não contabilizados de julho passado. Pois só isso explica o fato de a média diária exportada no período ter aumentado perto de 70% em relação à média diária registrada um ano atrás, em agosto de 2022.
Pelo menos mais plausíveis, os resultados referentes às outras duas carnes apontam, também pela média diária, aumento de quase 17% da carne bovina e redução próxima de 10% da carne suína – neste caso, desempenho que não era observado desde o início de 2023.
Mas o mais preocupante nestes primeiros resultados de agosto é a forte deterioração no preço das três carnes. A suína, que até recentemente obtinha valorizações anuais superiores a 5%, agora obtém preço pouco mais de meio por cento superior ao de um ano atrás. E a bovina permanece com, praticamente, a mesma desvalorização de meses anteriores, sendo negociada por preço mais de um quarto inferior ao de agosto de 2022.
Quem, porém, enfrenta redução sem dúvida inesperada é a carne de frango, cujo preço médio se encontra quase 20% abaixo do registrado há um ano. Por ora, é a única a registrar variação positiva na receita cambial. Mas, como foi dito, no volume divulgado estão embutidos dados do mês anterior. No decorrer de agosto eles devem sofrer diluição e também podem ficar negativos.