Mercado em julho
Mesmo diante da acentuada queda no preço do suíno vivo verificada na segunda quinzena de julho, o valor médio mensal do animal registrou forte alta em relação ao de junho. A sustentação veio do incremento sazonal na procura pela carne suína observada no início de julho, o que, por sua vez, levou frigoríficos a intensificarem a compra de lotes extras de animais para abate naquele período. Esse contexto elevou os preços de negociação do setor nas primeiras semanas do mês.
Preços e exportações
Em julho, o ritmo das exportações brasileiras de carne suína (considerando-se produtos in natura e processados) ficou abaixo do de junho, mas registrou forte avanço frente ao de julho de 2022, sendo também o quinto mês consecutivo de volume exportado acima de 100 mil toneladas.
Relação de troca e insumos
O poder de compra do suinocultor paulista frente aos principais insumos da atividade (milho e farelo de soja) aumentou em julho na comparação com o mês anterior. Esse cenário esteve atrelado às valorizações intensas do suíno vivo verificadas no início do último mês, visto que as cotações do farelo subiram com menos intensidade e as do milho ficaram praticamente estáveis.
Carnes concorrentes
Os preços médios das carnes suína e bovina subiram entre junho e julho, enquanto os da carne de frango caíram. Diante desse cenário, a proteína suinícola perdeu competividade frente às concorrentes. No atacado da Grande São Paulo, o valor da carcaça especial suína subiu fortes 9,83% no comparativo mensal, fechando julho com média de R$ 9,83/kg.