Dados da FAO mostrando os preços alcançados no mercado internacional pelos quatro maiores exportadores mundiais de carnes – pela ordem, segundo o volume total exportado, Brasil, EUA, União Europeia e Austrália – revelam que as carnes suína e bovina brasileiras são mais competitivas que as de seus concorrentes.
Isso só não ocorre com a carne de frango, porque o produto brasileiro é muito mais diversificado. Daí uma diferença, neste ano, de 50% em relação ao preço dos EUA, concorrente mais próximo do Brasil no setor, com exportações concentradas sobretudo nas “leg quarters” (coxa/sobrecoxa) e na carne de frango mecanicamente separada (CMS)
Conforme a FAO, em 2023 vem ocorrendo uma generalizada queda nos preços das carnes, a única exceção incidindo sobre a carne suína exportada pelo Brasil e pela União Europeia. Mas o que mais chama a atenção neste caso é a forte valorização que vem sendo obtida pelo produto da União Europeia – incremento de preço de 32%, contra apenas 5% do produto brasileiro. Uma valorização iniciada no segundo semestre de 2023 e decorrente da queda de produção ocasionada pelos casos de peste suína africana no continente europeu.
Comparativamente aos valores obtidos dois anos atrás, a carne bovina é a que apresenta os piores resultados, pois continua com preços negativos tanto no Brasil como na Austrália.
Em oposição, o melhor desempenho em um biênio vem sendo o da carne de frango. Mas enquanto nos EUA registra valorização de 8,6%, no Brasil obtém quase o dobro desse índice, praticamente 17% a mais que na média de 2021.