Na nova previsão de safra ontem (12) divulgada, a CONAB previu nova queda na produção de milho, o que deve redundar no menor volume das três últimas safras. Pela previsão atual serão cerca de 112,7 milhões de toneladas do grão, quase 15% a menos que o registrado em 2023.
Mesmo assim, comparativamente à previsão anterior, o suprimento interno não deve sofrer grande modificação. É que, no levantamento atual, a CONAB fechou os números finais de 2023 relativos à importação e exportação do grão. Com esse acerto, o estoque final do ano passado e inicial deste ano registrou ligeira elevação.
Em decorrência, o suprimento total previsto mantém-se na faixa dos 122 milhões de toneladas, volume suficiente para atender, com folga, uma demanda interna que, para a CONAB, deve aumentar 5,61% neste ano e chegar aos 84 milhões de toneladas.
Assim, restarão – para exportação e formação do estoque final – pouco mais de 38,2 milhões de toneladas, volume insuficiente para atender a demanda externa se mantida a quantidade exportada em 2023 – 54,634 milhões de toneladas.
Mas, nas previsões da CONAB, as exportações do corrente exercício tendem a recuar mais de 40% e chegar, no máximo, aos 32 milhões de toneladas. É o que garantirá um estoque final de 6,254 milhões de toneladas, volume 11,5% menor que o de 2023.
Se essas projeções se confirmarem, 2025 estará sendo aberto com o menor estoque inicial de milho dos últimos seis anos. Ou seja: a disponibilidade inicial prevista para o próximo ano é 57% menor que a de 2019, enquanto o consumo interno tende a registrar aumento superior a 40%.