No sobe e desce que tem caracterizado o mercado internacional de carnes, somente a carne suína obteve em maio ligeira valorização mensal (+1,02%) – aponta a FAO. Após três meses consecutivos de expressivas altas, a carne bovina sofreu pequeno decréscimo (-0,38%), enquanto a carne de frango sofreu o maior revés (-1,74%).
Em termos anuais, apenas a carne bovina continua operando com preços superiores aos de um ano antes: em maio a valorização anual foi de 5,01%. Já as carnes de frango e suína continuam com resultados negativos, esta última registrando queda próxima de 1% e a de frango retração de, quase, 7,5%.
Analisando o comportamento das carnes no mês, a FAO comenta que o aumento no preço da carne suína – pelo quarto mês consecutivo – decorre não só de uma maior demanda pelo produto, mas também de uma oferta persistentemente restrita por parte, sobretudo, de países da Europa Ocidental.
Já a carne bovina, que em abril passado havia obtido a melhor cotação em mais de ano e meio, viu seu preço afetado pela combinação de uma ampla oferta por parte dos exportadores da Oceania e de uma fraca demanda pelos países importadores.
Por fim, a queda de preço da carne de frango foi atribuída pela FAO ao aumento das disponibilidades exportáveis do produto. Neste caso, como efeito de uma menor demanda interna em alguns dos principais países produtores.
Vale notar, aqui, que o preço registrado pela FAO para a carne de frango em maio passado, de 109,92 pontos, correspondeu a uma valorização de menos de 10% sobre os preços do triênio 2014/2016.
Aliás, naquele triênio, a carne de frango exportada pelo Brasil registrou (dados da própria FAO) preço médio de US$1.663,38/tonelada, valor que em maio último chegou a US$1.770,33/tonelada (pela SECEX/MDIC, US$1.771,31/tonelada). Ou seja: cerca de uma década depois o produto registra valorização que não chega a 6,5%.