A suinocultura brasileira desempenha um papel vital na economia nacional, destacando-se como um dos setores mais dinâmicos e promissores do agronegócio pela movimentação financeira e geração de empregos, visto que, o Brasil se destaca como o quarto maior produtor e exportador de carne suína no mundo. Sendo assim, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) foi convidada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), para representar a cadeia de suínos brasileira na 91ª Reunião Geral da Assembleia dos Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), através da diretora técnica, Charli Ludtke.
O evento, realizado entre os dias 26 e 30 de maio em Paris, França, celebrou o centenário da OMSA e contou com a presença de 183 países signatários. A participação da ABCS na comitiva brasileira foi de extrema importância, pois demonstra a valorização do trabalho contínuo da Associação na defesa e promoção da suinocultura nacional. A presença da ABCS também representou uma oportunidade única para fortalecer as relações comerciais com atuais compradores de carne suína brasileira, além de explorar novos mercados potenciais, consolidando ainda mais a posição do Brasil como um líder global na produção de suínos.
Sobre a OMSA
Com sede em Paris, a OMSA foi fundada em 1924, com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar dos animais em todo o mundo. Como um organismo intergovernamental, a OMSA desempenha um papel fundamental na definição de diretrizes e padrões internacionais para garantir a sustentabilidade da produção animal, o bem-estar animal, humano e do ambiente, além de contribuir para segurança alimentar global. Suas diretrizes abrangem uma ampla gama de questões, desde a prevenção e controle de doenças até a promoção de práticas de produção animal responsáveis.
O código sanitário de animais terrestres, uma das principais iniciativas da OMSA, estabelece padrões rigorosos para garantir a saúde e a segurança dos animais terrestres utilizados na produção de alimentos, incluindo medidas para prevenir a propagação de doenças transmissíveis. Como resultado, as normas publicadas pela OMSA desempenham um papel crucial na proteção da saúde pública e no desenvolvimento sustentável da agropecuária global.
A diretora técnica da ABCS, explica que a OMSA desempenha um papel vital na suinocultura mundial ao estabelecer diretrizes e padrões seguidos por órgãos governamentais importantes, como MAPA, que promovem a saúde e a sanidade dos suínos em todo o mundo. “Ao seguir as diretrizes e recomendações da OMSA, os produtores de suínos podem melhorar a saúde e a produtividade de seus rebanhos, garantindo também a qualidade e a segurança dos produtos suínos para os consumidores em todo o mundo”.
Ela ressalta ainda que o Brasil reconhece a importância de aderir aos padrões internacionais estabelecidos pela OMSA para garantir a qualidade e a segurança dos produtos suínos. Assim, o MAPA trabalha em estreita colaboração com a OMSA, reportando casos de doenças como a Peste Suína Clássica e respondendo às suas diretrizes, implementando políticas e medidas que visam proteger a saúde dos rebanhos suínos, prevenir a propagação de doenças na suinocultura brasileira.
Brasil: Aliado Estratégico da OMSA na Promoção da Saúde Animal
Junto a outros 183 países, o Brasil é signatário e um importante membro da OMSA. Desde sua adesão, em 14 de dezembro de 1928, o Brasil tem desempenhado um papel crucial no fortalecimento das iniciativas globais voltadas para a saúde animal e a segurança alimentar.
Segundo a diretora técnica da ABCS, “Estar alinhado com os outros países membros da OMSA é fundamental para o Brasil, pois permite a troca de informações, experiências e melhores práticas relacionadas à prevenção e controle de doenças de suínos e da resistência à antimicrobianos, bem como à promoção do bem-estar animal”. Charli complementa destacando que a colaboração das instituições brasileiras com o organismo internacional não apenas beneficia a economia brasileira, mas também promove a segurança alimentar e a saúde única em todo o mundo.