Após uma primeira semana de 2025 com os preços do milho se movimentando de lado no mercado brasileiro, as cotações do cereal ganharam força e passaram a subir no Brasil.
O Analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, aponta que a desvalorização do real ante ao dólar é um dos principais fatores de sustentação dessas cotações. Outro ponto que vem atuando no mercado desde 2024 é a forte demanda para o mercado interno, tanto do setor de etanol quanto de proteínas animais.
Inclusive o cenário de comercialização para a segunda safra de 2025 está bastante positivo neste momento. Nogueira destaca que as indicações giram entre R$ 45,00 e R$ 48,00 por saca nas principais regiões produtoras, o que representa R$ 10,00/sc acima do que este mesmo período de 2024 apresentava para a segunda safra do ano passado.
Este quadro deve estimular os produtores a apostarem no milho, levando a aumento de área cultivada e, possivelmente, mais oferta do cereal entrando no mercado no segundo semestre de 2025.
Sendo assim, o analista aconselha que o produtor olhe com atenção para o mercado e aproveite esses patamares para comercializar parte da sua produção.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 76,70 com alta de 0,68%, o maio/25 valeu R$ 75,39 com elevação de 0,40%, o julho/25 foi negociado por R$ 71,95 com queda de 0,21% e o setembro/25 teve valor de R$ 71,86 com perda de 0,22%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram ganhos de 0,82% para o janeiro/25, de 0,57% para o julho/25 e de 0,53% para o setembro/25, além de baixas de 1,6% para o março/25 e de 0,01% par ao maio/25.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais quedas do que altas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente em Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também encerraram as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações positivas e emendando mais uma semana de valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, a Bolsa de Chicago registrou uma boa elevação nas cotações frente à semana passada, após o surpreendente relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que cortou os números da safra e dos estoques de passagem do país e do mundo na temporada 2024/25.
“Também pesa para os preços mais altos em Chicago as preocupações com a falta de chuvas na Argentina que pode comprom01ter a safra de milho do país. O radar do mercado também está voltado para o Brasil, com a seca atingindo algumas regiões e os volumes expressivos de precipitações sendo registrados na faixa central e norte do país”, apontam os analistas da SAFRAS.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,84 com elevação de 9,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,93 com valorização de 10 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,94 com ganho de 8,25 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,58 com alta de 3,75 pontos.
Esses índices representam ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 2,05% para o marçoq25, de 2,07% para o maio/25, de 1,7% para o julho/25 e de 0,82% para o setembro/25.
No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,92% para o março/25, de 2,82% para o maio/25, de 2,54% para o julho/25 e de 2,23% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10).