Os preços no mercado de suínos terminaram o dia de ontem, quinta-feira (27), em campo misto. De acordo com análise divulgada pelo Cepea, os preços do suíno vivo vêm, de fato, registrando comportamentos distintos neste encerramento de fevereiro.
Segundo levantamentos, em São Paulo, a firme demanda da indústria tem sustentado as cotações. Já no Paraná, os valores caíram, refletindo o enfraquecimento da procura. Diante da maior resistência na ponta final, pesquisadores do Cepea explicam que frigoríficos reduziram as aquisições de novos lotes de animais nesta região. Em Minas Gerais, de forma geral, o mercado apresenta estabilidade diante do equilíbrio entre a oferta e a demanda locais.
Quanto à carne, agentes consultados pelo Cepea indicam ter dificuldades para comercializar o produto, o que, por sua vez, pode estar associado aos elevados patamares da proteína suína no atacado e às recentes desvalorizações da carne bovina.
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 178,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,43%, fechando em R$ 13,80/kg, em média.
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (26), o preço caiu 0,32% em Minas Gerais, atingindo R$ 9,44/kg, e houve alta de 0,44%, chegando a R$ 9,18/kg. OS preços ficaram estáveis no Rio Grande do Sul (R$ 8,79/kg), Santa Catarina (R$ 8,93/kg) e São Paulo (R$ 9,39/kg).
Após semanas em movimento de alta no mercado da suinocultura independente, as bolsas de suínos realizadas nesta quinta-feira (27) apontaram queda nas principais praças. Segundo lideranças, havia, em parte, uma percepção de que isso poderia acontecer, uma vez que os preços já estavam em patamares altos e que, no Carnaval, o consumo diminui.