Os dados preliminares da FAO indicam que em abril seu Índice de Preços da Carne atingiu 121,6 pontos, aumentando 3,2% e 4,3% em relação, respectivamente, ao mês anterior a ao mesmo mês do ano passado.
Desta vez, a alta abrangeu as três carnes, mas o aumento mais significativo de um mês para outro (+5,15%) foi o da carne suína, cuja expansão de preço esteve sustentada pelas comemorações pascais, mas foram impulsionadas pela suspensão de restrições ao produto da União Europeia, após a Alemanha ter readquirido o status de país livre da febre aftosa.
A comemoração religiosa também deu base à evolução – contínua, vinda desde o final do ano passado – dos preços da carne bovina (+3,18% em um mês; +9,74% em um ano). Porém, quem sustentou a valorização, desta vez, não foi o aumento de demanda e, sim, a oferta limitada do produto.
A alta mais moderada (+1,16% em um mês; +2,40% em um ano) recaiu novamente sobre a carne de frango. De toda forma a FAO indica que essa alta esteve centrada no produto brasileiro (+1,52% de aumento no mês), devido não só à forte demanda externa, mas também a uma desaceleração nos abates (causada pelo feriadão de quatro dias), com efeito sobre a oferta exportável.
Considerados os preços médios obtidos pelo Brasil no 1º quadrimestre do ano, observa-se que a valorização da carne de frango aproximou-se dos 4%, a da carne bovina ficou próxima dos 10% e a da carne suína superou os 10,5%.
Comparativamente, o Índice FAO de oferta global indica queda de preço de mais de 7% para a carne suína, o que significa que o produto brasileiro, além de um minimizador do índice de queda, vem sendo uma exceção.
Já os preços internacionais das carnes bovina e de frango registram valorização superior à dos produtos brasileiros. Mais exatamente, de 10,53% e 6,17%.