Os dados hoje (6) divulgados pela FAO sobre os preços das carnes bovina, suína e de frango no mercado internacional mostram que as duas primeiras seguiram sua marcha normal, obtendo novos aumentos em maio passado. Já a carne de frango sofreu os efeitos da IAAP no Brasil e, após leve alta no mês de abril, voltou a perder preço.
Em maio, o Índice de Preços da Carne da FAO alcançou 124,6 pontos, aumentando 1,3% em relação ao mês anterior e 6,8% em relação a maio de 2024. O aumento foi impulsionado pelas carnes bovina e suína, compensando a queda de preços registrada pela carne de frango.
Com aumento de aproximadamente 1% sobre o mês anterior e de, praticamente, 12% sobre maio do ano passado, a carne bovina, com 138,2 pontos, alcançou nova máxima histórica, superando os 137,9 pontos que permaneciam imbatíveis desde março de 2022. Efeito, diz a FAO, da sólida demanda global e de uma oferta exportável restrita por parte dos principais países produtores.
A carne suína, que em janeiro deste ano registrava uma evolução de preços bem inferior à da carne de frango, reverteu quase toda a diferença. Alcançou, em maio, 113,5 pontos, seu preço ficando a apenas 2,7 pontos de distância do preço da carne de frango (116,2 pontos). Um avanço impulsionado pelo fortalecimento da demanda global e pela forte alta dos preços de exportação da Alemanha, após o país recuperar o status de livre de febre aftosa. Notar, porém, que a despeito de um significativo aumento mensal (+2,31% em relação a abril/25), a carne suína ainda registra pequena diferença a menos (queda 0,36%) em relação a maio de 2024.
Única exceção no mês, a carne de frango viu seu preço sofrer retração de 0,79% em relação a abril. Uma queda – comenta a FAO – pressionada pelas cotações mais baixas do produto brasileiro que, afetado pela detecção do vírus da IAAP em uma granja comercial, enfrentou a proibição de importação por parte de vários países. Como resultado, ocorreram “excedentes abundantes e pressão descendente sobre os preços”.
No caso, os preços brasileiros (US$1.808,16/t, pelos dados preliminares) recuaram 1,5% em relação a abril. Ou seja: a queda no Índice FAO só não foi maior porque o segundo maior exportador mundial de carne de frango, os EUA, obtiveram aumento de pouco mais de meio por cento no seu produto.