Ontem, a terça-feira (17) chegou ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT) e na Bolsa Brasileira (B3).
No cenário internacional, as cotações receberam apoio das valorizações registradas pelo trigo na CBOT.
As condições das lavouras nos Estados Unidos pioraram no último levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e a pouca chuva registrada na Europa impulsionaram valorizações para o trigo, o que puxou o milho na carona.
“O trigo subiu em meio às condições de declínio das safras de inverno. Cerca de 52% do trigo de inverno dos EUA estava em boas ou excelentes condições no início da semana, abaixo dos 54% de sete dias antes, disse o USDA em um relatório semanal”, relata o site internacional Successful Farming.
Outro fator de suporte para o milho é a exportação dos Estados Unidos. O USDA relatou que o milho inspecionado para exportação atingiu 1,673 milhão de toneladas durante a semana encerrada em 12 de junho, mas um aumento de 21% em relação à mesma semana de 2024.
Do lado brasileiro, a força de Chicago também impulsionou altas na B3, que buscou alguma recuperação após as quedas registradas no pregão de ontem.
Os analistas da SAFRAS & Mercado destacam que o mercado brasileiro iniciou a semana com negociações comedidas, já que a expectativa da entrada da safrinha deixa os consumidores aguardando novas quedas nas cotações. Os preços para julho já estão mais baixos diante dessa espera pela safra.
O produtor rural Tiago Daniel Comiran, conta que há 15 dias houve oportunidades de venda a R$ 55,00 em Campos de Júlio/MT, mas agora os preços estão em R$ 45,00, patamar que não garante rentabilidade para todos os produtores.
Na CBOT, o vencimento julho/25 foi cotado à US$ 4,31 com queda de 3,25 pontos, o setembro/25 valeu US$ 4,23 com alta de 4 pontos, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,38 e o março/26 teve valor de US$ 4,53 com elevação de 3,5 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (16), de 0,75% para o julho/25, de 0,95% para o setembro/25, de 0,86% para o dezembro/25 e de 0,78% para o março/26.