A produção de aves e suínos deve ser beneficiada pelos preços mais favoráveis do milho e da soja, principais insumos para ração animal. Para o frango, a expectativa é de manutenção do ritmo de produção e exportação em patamares elevados, com potencial para renovação dos recordes históricos do setor. Para a suinocultura, a perspectiva é também de recorde na produção e nas exportações em 2025. As estimativas são do Itaú BBA.
Em relação ao mercado de aves, o caso de gripe aviária em uma granja de matrizes em Montenegro (RS) traz preocupação no curto prazo em relação às exportações. Mas a expectativa é que a situação seja resolvida em breve, considerando que não houve detecção de novos casos em granjas comerciais, disse Cesar de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA. “O Brasil pode até renovar os recordes de exportação de frango neste ano”, acrescentou.
O analista observou que a maior preocupação é com o embargo da China, principal destino de pés e patas de aves. Mas devido à ausência de novos casos de gripe aviária, Alves considera que a China deve desbloquear as importações em breve.
Em relação à suinocultura, Alves disse que o setor vive um ciclo de margens altas, sustentadas por uma produção mais disciplinada, por custos sob controle e demanda sólida no mercado externo.
“O setor teve habilidade de encontrar outros destinos fora China. E com o cenário de custos menores com oferta equilibrada, os produtores têm mantido margens interessantes, na casa dos 25%”, disse Alves. Entre os países que passaram a importar a carne suína brasileira estão Filipinas, Chile, Hong Kong, Japão, Vietnã e México.