Durante o encontro em Brasília, a ABCS e a ABEGS compartilharam experiências sobre o modelo produtivo, o status sanitário, evolução das empresas de genética e a organização da suinocultura brasileira com os representantes do Ministério da Agricultura do Japão (ALIC).

Na última terça-feira (8), a ABCS recebeu, em seu escritório em Brasília, a visita oficial de representantes do Ministério da Agricultura do Japão, interessados em conhecer mais suinocultura brasileira, no que se refere a situação econômica, a capacidade produtiva, capacidade de fornecimento de carne, reprodutores, bem como as tendências de consumo nacional e internacional.
A comitiva foi composta por Rii Teranishi, Coordenadora Sênior do Departamento de Pesquisa da ALIC (Agriculture & Livestock Industries Corporation), e por Shota Harada, Pesquisador do mesmo departamento. A ALIC, é uma agência governamental que é responsável pelo controle e regulação da importação de produtos agropecuários.
Abrindo o diálogo com os representantes japoneses, o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, apresentou o trabalho institucional da ABCS e de suas afiliadas, detalhando a atuação do Sistema ABCS e seu papel estratégico na valorização do setor suinícola brasileiro em todas as regiões do país.
Na sequência, o consultor da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, fez uma apresentação de mercado, mostrando por que o Brasil ocupa hoje a posição de destaque na produção e exportação de carne suína do mundo. Ele reforçou a importância e evolução dos modelos produtivos brasileiros (integrado, cooperado e independente), bem como apresentou os dados em relação aos custos de produção, oferta de grãos, competitividade internacional e os principais parceiros comerciais do país.
A diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, abordou os diferenciais sanitários do rebanho brasileiro, reforçando que o Brasil é livre de doenças de alto impacto como PSA, PRRS, PED, além da conquista recente na OMSA de país livre de febre aftosa sem vacinação. Charli também destacou a importância do quarentenário oficial da Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), uma parceria público-privada (MAPA, ABCS e ABEGS), que resguarda a saúde do rebanho suíno brasileiro.
E, fechando a rodada de apresentações, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (ABEGS), Alexandre Rosa, apresentou as principais empresas de genética do segmento e a evolução genética dos últimos anos. Ele ressaltou que o Brasil vem ampliando sua presença internacional e que o material genético brasileiro possui alto desempenho reprodutivo, sendo cada vez mais competitivo nos mercados internacionais.
A visita da ALIC reforça o crescente interesse do Japão no mercado brasileiro, que por meio da cooperação sólida construída ao longo dos anos vem se destacando no abastecimento de carnes. Fruto deste comércio o Brasil registrou no primeiro semestre de 2025, o país asiático foi o quinto maior importador de carne suína brasileira (representando 8,7% do volume total exportado), com destaque para os produtos oriundos de Santa Catarina.
Para o presidente da ABCS, “O encontro reafirma o protagonismo da suinocultura brasileira frente à saúde animal, genética de alto padrão e modelos produtivos estruturados e alinhados com o mercado global. O aumento do recebimento de missões retrata a confiabilidade da produção brasileira e principalmente, em relação ao Japão, oportunidades de ampliação da carne suína, qualificando o nosso acesso a mercados internacionais”, conclui.