Em setembro, as três carnes registraram evolução nos volumes importados. Mas, como tem sido praxe nos últimos tempos, o melhor desempenho foi o da carne bovina, cujos embarques, próximos das 315 mil toneladas, foram um quarto maiores que os de um ano atrás e representaram novo recorde histórico.
Igualmente significativa foi a evolução no preço médio, que aumentou quase na mesma proporção (+24,44%) em relação a setembro de 2024. O efeito, óbvio, foi um incremento de mais de 55% na receita cambial que, totalizando US$1,767 bilhão, também propiciou ao setor novo recorde histórico. A despeito de algumas sobretaxas impostas ao setor a partir de agosto.
Ainda que seus resultados tenham sido mais modestos, a carne suína também registrou recorde histórico: no volume de, aproximadamente, 134,1 mil toneladas – quantidade perto de 25% maior que a de um ano antes e que foi acompanhada de uma valorização de 3,29% no preço médio. Efeito final: aumento de 28,63% na receita cambial que – da mesma forma que o volume – registrou recorde histórico.
À primeira vista, o desempenho mais fraco continuou recaindo sobre a carne de frango, pois seu volume aumentou menos de 2%, enquanto o preço médio ficou quase 8% abaixo do alcançado há um ano, tais resultados culminando em uma receita cambial 6,15% menor que a de setembro de 2024.
No entanto, o volume de carne de frango exportada no mês – de, aproximadamente, 460 mil toneladas – apresentou significativa recuperação em relação aos quatro meses anteriores (perto de 30% a mais que na média registrada entre maio e agosto), superando no ano até mesmo as 440 mil toneladas de abril passado, volume recorde alcançado antes do episódio de IAAP na avicultura comercial.
Mas não só isso: pelos números da SECEX/MDIC, o volume de carne de frango de setembro passado foi, também, o segundo maior da história do setor, situando-se aquém, apenas, das 483.886 toneladas de março de 2023. Mas como este último resultado pode ter sido influenciado por embarques não computados do mês anterior (fevereiro de 2023) é possível, até, que o volume de carne de frango exportada em setembro passado também tenha correspondido a novo recorde histórico. Como ocorreu com as carnes bovina e suína e a despeito de um de seus principais mercados (a China) continuar fechado.