O Rabobank divulgou o estudo que traz o panorama semanal do cenário macroeconômico brasileiro. Os especialistas do Rabobank, Maurício Une e Renan Alves, trazem uma análise com o título ‘Preparando o cenário para 2026, quais são os fundamentos?’
Confira o overview desta edição:
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O dólar tem tido um desempenho fraco entre as moedas do G10, apesar dos cortes de juros esperados pelo Fed. No Brasil, o déficit em conta corrente aumentou devido ao crescimento das importações e apreciação cambial. Para 2026, espera-se um cenário menos favorável ao real, com cortes de juros, fragilidade fiscal e incertezas eleitorais. Estimamos que o dólar alcançará R$ 5,55 até o final de 2025 e R$ 5,70 até o final de 2026.
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Para 2026, projetamos um resultado primário de -1,0% do PIB, longe da meta de superávit de 0,25%. A rejeição da MP 1303 pela Câmara piorou o cenário fiscal, com impacto de R$ 46,5 bilhões. A relação entre a dívida bruta e o PIB deve aumentar para 83,6% em 2026, apesar da reforma do Imposto de Renda. Para 2025, projetamos 81,4%.
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O cenário inflacionário mostra moderação, mas enfrenta desafios com núcleos de inflação acima da meta e expectativas desancoradas. A valorização do real e a queda nos preços no atacado ajudam a reduzir a inflação de alimentos e bens industriais, mas a inflação dos serviços permanece preocupante. Projetamos a inflação do IPCA em 4,6% até o final de 2025, reduzindo para 4,2% ao final 2026.
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Para 2025, projetamos um crescimento econômico de 2,0%, apesar das dúvidas no mercado de crédito e lenta recuperação das concessões de crédito consignado. Em 2026, nossa projeção de crescimento do PIB é de 1,6%, impulsionada pela reforma do IR que amplia a faixa de isenção. É crucial considerar os riscos de medidas fiscais e parafiscais contracíclicas que podem mitigar a desaceleração da atividade ao longo do ano.
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A atividade econômica doméstica está desacelerando conforme esperado. As projeções de inflação do Banco Central permanecem acima da meta apara além do horizonte relevante (1T27), e as expectativas de inflação continuam elevadas, apesar de uma recente queda nos horizontes de curto prazo. Esperamos que a política monetária mantenha juros reais elevados, com cortes na Selic previstos para começar no 2T26, caso o cenário se confirme.



















































