Em alta ininterrupta desde dezembro de 2024, em outubro passado a carne bovina atingiu novo recorde absoluto de preços. Pelo Índice FAO (2014/2016 = 100), registrou 146,2 pontos, valorizando-se 15% em relação a outubro/24.
Já as carnes de frango e suína registraram novas baixas. A suína marcou 107,2 pontos, resultado que significou quedas de quase 4,5% sobre o mês anterior e de 1,26% sobre o mesmo mês do ano passado.
Pior, porém, tem sido o desempenho da carne de frango, pois os 110,3 pontos por ela alcançados representaram queda de quase 3,5% sobre o mês de setembro/25 e de, praticamente, 9% sobre outubro de 2024.
O motivo é de todos conhecido: com o embargo chinês ao produto brasileiro (suspenso somente agora, em novembro), o Brasil – maior exportador mundial – foi obrigado a redirecionar suas vendas para mercados com menor aquisitivo, daí a nova e consecutiva queda de preço.
Mas o “efeito China” não se restringiu à carne de frango, atingiu também a suína. Neste caso, afetou sobretudo o produto exportado pela União Europeia, em relação ao qual a China introduziu novas tarifas de importação, reduzindo o volume importado. O Brasil não ficou imune a esse efeito. Mas seus preços recuaram menos de 1%, enquanto os da UE sofreram queda mensal de, praticamente, 10%.
A carne bovina, por seu turno, além de uma oferta ajustada, continua contando com uma firme e crescente demanda, o que tem conduzido a recordes sucessivos de preço. Mas – conforme a FAO – a alta de preços registrada em outubro foi puxada apenas pela Austrália (aumento mensal de, praticamente, 3%), pois os outros dois maiores exportadores, EUA e Brasil, enfrentaram reduções de, respectivamente, 0,29% e 1,63% em relação ao mês anterior.
















































