A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) participou, nos dias 25 e 26 de novembro, do Taller Regional de Fiebre Aftosa, realizado em Assunção, Paraguai, reunindo autoridades sanitárias, especialistas internacionais e representantes do setor produtivo da região. O evento foi organizado pelo Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP), e discutiu os avanços e desafios relacionados à febre aftosa.
O encontro técnico teve como foco os novos cenários regionais após o reconhecimento de países livres de febre aftosa sem vacinação, discutindo impactos no mercado, além da necessidade de antecipar riscos, identificar oportunidades e definir estratégias conjuntas para preservar o status sanitário e manter a competitividade dos países sul-americanos no comércio internacional.
Neste encontro, a ABCS foi representada pela diretora técnica Charli Ludtke, que apresentou a palestra “Expectativas de los mercados de carne porcina frente a distintos status”. Durante sua participação, Ludtke destacou o posicionamento do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, reforçando que o elevado padrão sanitário, aliado à estrutura produtiva avançada, amplia a competitividade do país em mercados estratégicos.
A apresentação também detalhou os diferenciais sanitários da suinocultura brasileira, entre eles a atuação integrada entre setor público e privado, a robustez dos programas de vigilância e o papel central da Estação de Quarentena de Cananéia (EQC) na segurança da importação de material genético. Outro ponto ressaltado foi o potencial de expansão das exportações de genética suína brasileira, que cresceram significativamente nos últimos anos e devem seguir em trajetória ascendente.
Ao longo do encontro, foram discutidos também desafios para os países livres da aftosa sem vacinação, como a recuperação rápida do status sanitário em emergências, novas exigências internacionais e a necessidade de fortalecer parcerias público-privadas voltadas à manutenção da segurança animal e da competitividade regional.
Para a diretora técnica da ABCS, Charli Ludtke, “esse encontro foi extremamente importante porque marca um novo momento sanitário para o Brasil e para a América do Sul. Mas a retirada da vacina é apenas uma etapa. O foco agora é garantir a manutenção da zona livre sem vacinação por meio de ações robustas de vigilância, monitoramento, biosseguridade e resposta rápida. E é justamente nesse ponto que a cooperação regional se torna essencial. A febre aftosa é um desafio transfronteiriço, e a harmonização das estratégias entre os países do Mercosul nos fortalece.”























































