O novo Programa Coopera Agro SC, encaminhado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa, recebeu apoio integral da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne). As entidades que representam o expressivo setor de proteína animal catarinense destacam que a iniciativa chega em um momento decisivo para ampliar investimentos, garantir competitividade e fortalecer todas as cadeias produtivas do agronegócio. O diretor executivo das duas entidades, Jorge Luiz de Lima, reforça que o programa atende demandas históricas do setor ao criar mecanismos reais e sustentáveis de acesso ao crédito.
O Coopera Agro SC prevê a criação de até 10 linhas de financiamento que somam R$ 1 bilhão, com condições diferenciadas para agricultores vinculados a cooperativas e agroindústrias integradoras. As taxas, próximas de 9% ao ano, e o prazo de pagamento de 10 anos, incluindo dois anos de carência, são consideradas fatores essenciais para destravar investimentos nas agroindústrias de processamento de proteína animal, segmento que responde por grande parte da geração de empregos e riqueza em Santa Catarina. “O elevado custo do crédito rural sempre foi um desafio estrutural. Ter uma política que reduz esses entraves é fundamental para que produtores, cooperativas e agroindústrias possam planejar e crescer com segurança”, afirma.
A operação financeira será viabilizada por meio de parceria entre o Estado e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com a aquisição de Letras Financeiras de longo prazo. Do montante total previsto, R$ 200 milhões serão aportados pelo Governo e R$ 800 milhões pelo setor privado. Outro diferencial apontado por Lima é o estímulo adicional às cooperativas e agroindústrias, que poderão utilizar créditos acumulados de ICMS, limitados a até 50% do valor investido. Para ele, esse mecanismo assegura maior atratividade e capacidade de execução dos projetos. “É uma inovação que coloca Santa Catarina em condições equiparadas a outros Estados que já utilizam modelos financeiros semelhantes, contudo, mais burocráticos”, observa.
As projeções elaboradas pelo Governo mostram o impacto expressivo da medida: potencial para gerar R$ 26 bilhões em impacto no movimento econômico, criar 40 mil empregos diretos e indiretos e beneficiar um elevado número de produtores rurais em todas as regiões de Santa Catarina. Para o diretor executivo da ACAV e do Sindicarne, esses números refletem não apenas a força da produção catarinense, mas também a importância de políticas que reconheçam o papel estratégico do setor. Ele ressalta que o agronegócio de Santa Catarina é sustentado por uma extensa rede de pequenos e médios produtores integrados às cooperativas e agroindústrias, modelo que exige contínua renovação tecnológica e capacidade de investimento. “A proteína animal é uma das grandes marcas econômicas do Estado. O Coopera Agro SC reforça esse compromisso ao assegurar mais renda, mais empregos e mais oportunidades para quem faz a agricultura catarinense ser referência nacional”, destaca.
Coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape), com apoio da Secretaria da Fazenda (SEF) e da Secretaria do Planejamento (Seplan), o programa surge como resposta direta às necessidades de produção e competitividade do campo catarinense. Para Jorge Luiz de Lima, a iniciativa demonstra sensibilidade do Governo às demandas do agronegócio e deve ser aprovada com celeridade pela ALESC. “O Coopera Agro SC tem todos os elementos para se tornar um marco no desenvolvimento rural de Santa Catarina. ACAV e Sindicarne apoiam integralmente o programa e reconhecem nele uma oportunidade histórica para impulsionar o setor e toda a economia estadual”, conclui.











































