Próxima dos US$5,5 bilhões, mas seguindo negativa em 1,26% comparativamente ao mesmo período do ano passado, a receita cambial das carnes deve voltar a apresentar resultado positivo ainda em abril corrente. Isto, porém, graças apenas à carne bovina, pois as carnes de frango e suína seguem com resultados negativos de difícil reversão no curto prazo.
No balanço do primeiro trimestre, o pior desempenho foi o da carne de frango. O volume embarcado recuou mais de 7% e o preço médio alcançado ficou 10,2% abaixo do registrado no mesmo período de 2023. Disso redundou uma queda próxima de 17% na receita cambial.
O volume de carne suína aumentou quase 2%. Mas como a queda no preço médio foi muito similar à da carne de frango (-10,26%), houve recuo de cerca de 8,5% na receita cambial.
Já a carne bovina também permaneceu com preço médio negativo (-5,85%). Mas o volume total exportado foi mais de um quarto maior que o registrado no primeiro trimestre de 2023. O efeito foi um aumento de 18,5% na receita cambial e uma participação correspondente a 48% da receita cambial total das carnes – índice 20% superior ao de idêntico período do ano passado.
Interessante notar que – pelos dados coligidos pelo MAPA junto à SECEX/ME – a carne de maior comoditização é a de frango, pois o produto in natura (aqui inclusa a carne salgada) corresponde a 97,5% do volume total exportado. Já entre as carnes bovina e suína, o produto in natura corresponde a 88%-89% do total exportado.