O Paul Ehrlich Institute (PEI) aceitou acrescentar o novo entendimento no rótulo da solução, que é a única vacina oral viva que auxilia na prevenção de enteropatia proliferativa suína (Ileíte)
A matriz da Boehringer Ingelheim Saúde Animal anunciou que o Paul Ehrlich Institute (PEI), autoridade competente do Estado-Membro de Referência da Alemanha, sob o procedimento de Reconhecimento Mútuo, aceitou a inclusão de uma nova linguagem no rótulo da vacina Enterisol® Ileitis, que auxilia na prevenção de enteropatia proliferativa suína (Ileíte) causada por Lawsonia intracellularis. A autorização é concedida de acordo com a Lei de Saúde Animal (TierGesG) e o Regulamento de Vacinas para Animais. O PEI confirmou que a solução da empresa reduz a prevalência de infecção por Salmonella e a soroprevalência de Salmonella no abate.
O pedido de alteração do Resumo das Características da vacina Enterisol® Ileitis para adicionar nova redação na seção “Propriedades Imunológicas” foi aceito por esta autoridade competente e, após a conclusão do procedimento de Reconhecimento Mútuo, autorizações idênticas serão concedidas em todos os Estados Membros da União Europeia que foram incluídos no registro.
A Ileíte, causada por Lawsonia intracellularis, é uma doença que afeta o sistema gastrintestinal dos suínos. Já as infecções por Salmonella podem levar a doenças clínicas, perdas de produtividade e riscos à segurança alimentar por ser uma zoonose.
“Esta alteração no rótulo da Enterisol® Ileitis foi possível devido ao envio de estudos e observações de campo realizados em diversos países. Os estudos mostraram que os suínos
vacinados com Enterisol Ileitis® e desafiados para ambos os agentes reduziram significativamente a excreção da Salmonella enterica nas fezes (0,82 log10 vs 2,94 log10, p=0,003) além da quantidade de animais que excretaram a S. Typhimurium (38% vs 100%, p=0,05) no 7º dia pós infecção, quando comparado ao grupo que não foi vacinado e também foi duplamente desafiado”, explica Filipe Fernando, gerente de marketing da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.
Além disso, autoridades confirmaram que a administração oral desta vacina viva está levando a uma modulação do microbioma intestinal dos suínos. O efeito positivo sobre o microbioma resulta em mais bactérias produtoras de ácidos graxos de cadeia curta, o que, por sua vez, reduz as infecções por Salmonella, conforme demonstrado em uma publicação recente¹.
Ricardo Lippke, gerente técnico da área de suínos da empresa, acredita que a notícia é muito relevante para os produtores brasileiros: “O Brasil é um dos principais players mundiais em produção e exportação de proteína suína e ter uma vacina que reúne condições de atuar contra a incidência de Ileíte e Salmonella na propriedade é fundamental para ganhos de produtividade”, afirma.