Em setembro, fazendo jus ao período de entressafra da carne, novamente (isto é, pelo segundo mês consecutivo) boi, suíno e frango vivos obtiveram, juntos, valorização mensal e anual.
À primeira vista, o melhor desempenho parece ter sido o do boi em pé, que entrou no segundo semestre obtendo altas seguidas e deve seguir assim 2025 adentro, em um novo ciclo de valorização da pecuária de corte. Porém, ainda que tenha registrado ganho mensal em torno de 8% (dados preliminares) e anual de, aproximadamente, 19,5%, na média do ano o boi ainda permanece com um valor 9,5% inferior ao alcançado entre janeiro e setembro de 2023. E não só, pois em relação ao seu pico de preço (março de 2022), o atual valor ainda é 26% inferior.
Não é o que ocorre com o suíno. Pois, comparativamente ao pico de preço (novembro de 2020), a cotação média de setembro, embora ainda menor, ficou menos de 6% aquém. E, além de ter obtido reajuste mensal de 5.6%, o suíno valorizou-se cerca de 36,5% em relação a setembro/23, o que contribuiu para que seu preço médio em 2024 superasse em quase 8% o valor médio dos primeiros nove meses do ano passado.
Nesse contexto, os menores índices de valorização ficaram reservados para o frango vivo: aumento em torno de 2,6% sobre o mês anterior e de 11,5% sobre setembro de 2023. Neste caso, não porque o produto tenha experimentado aumento significativo, mas sim porque o valor de um ano atrás foi sensivelmente baixo.
Isto se aplica também à média deste ano, que aumentou 6,14%, mas porque os preços alcançados entre janeiro e setembro do ano passado foram onerosos para o setor. Tanto que, a despeito da valorização mais recente, a média de 2024 ainda se encontra 11,5% abaixo da registrada nos mesmos sete meses de 2022. Além disso, o preço médio alcançado em setembro corrente se encontra cerca de 15% aquém do pico histórico de preço registrado em abril de 2022.