Mercado em março
O mês de março foi marcado por quedas nos preços do suíno vivo e da carne. Na ponta final, a demanda pela proteína suína esteve fraca, especialmente devido a medidas de isolamento para conter o avanço da pandemia da covid-19, que diminuiu a liquidez e fez com que indústrias limitassem as aquisições de novos lotes de animais para abate.
Preços e exportações
Enquanto as vendas domésticas de carne suína estiveram enfraquecidas ao longo de março, as exportações da proteína apresentaram desempenho recorde no mês. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou 96,8 mil toneladas de carne suína in natura em março, aumento de 35,4% frente a fevereiro, significativos 53% acima do volume escoado em março/20 e um recorde, considerando-se a série da Secretaria, iniciada em 1997.
Relação de troca e insumos
O poder de compra dos suinocultores paulistas frente ao farelo de soja se recuperou um pouco de fevereiro para março. Apesar dessa reação, a situação foi a pior para um mês de março e uma das mais desfavoráveis de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004. Já em relação ao milho, o poder de compra do suinocultor seguiu caindo pelo sexto mês consecutivo.
Carnes concorrentes
Influenciados pela baixa demanda no mercado doméstico, especialmente por conta das medidas de isolamento para diminuir o avanço da covid-19, os preços médios da carne suína caíram de fevereiro para março. Já os valores das principais carnes concorrentes, bovina e avícola, registraram leve alta na mesma comparação. Esse cenário elevou, novamente, a competitividade da proteína suína, já que resultou em aumento na diferença em relação à carcaça casada bovina e em redução no intervalo frente ao frango resfriado.
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