Fruto de parceria público-privada entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Zoetis e outras associações, fundos e agências nacionais, sindicatos, entre outros, que juntos foram agentes de mudança e suporte, foi concluída na última semana, em Alagoas, a segunda etapa do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC) na zona considerada não livre da doença.
A campanha de Alagoas teve o apoio da Zoetis com o fornecimento de vacinas e o treinamento e a capacitação dos vacinadores, nas duas etapas de vacinação no Estado. “Esse treinamento, realizado em parceria com o MAPA, além de orientar os produtores e profissionais quanto ao manejo dos animais e a manipulação da vacina, os habilitou a utilizar o produto”, conta Dalvan Veit, Gerente Técnico de Suínos da Zoetis.
“A ocorrência de surtos de PSC pode impactar diretamente a suinocultura nacional devido a possíveis embargos dos mercados importadores. Precisamos estar atentos ao controle desta doença, implementação e continuidade do plano nacional de erradicação, para reduzir os riscos tanto para o rebanho quanto para a economia do País, que pode sofrer grandes perdas, caso o vírus se alastre para região hoje classificada como livre”, avalia Renato Verdi, Diretor da Unidade de Aves, Suínos e Aquacultura da Zoetis.
Peste Suína Clássica
Identificada pela primeira vez no século XIX, a peste suína clássica (PSC) é uma doença altamente infecciosa, com elevada taxa de contaminação e fatal para os suínos. Conhecida também como febre suína ou cólera suína, pode afetar animais domésticos e selvagens.
Apesar de não oferecer riscos à saúde humana ou a outras espécies animais, é apontada como uma das doenças mais relevantes entre as que acometem os suínos. A PSC integra a lista A da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A lista A abrange doenças transmissíveis cujo potencial para disseminação é rápido e sério. Também compreende enfermidades com consequências socioeconômicas ou de saúde pública e de grande importância para a exportação de animais e produtos de origem animal.
Não há tratamento específico para a PSC. A melhor maneira de controlar a doença é por meio de boas práticas de produção, de medidas rigorosas de manejo sanitário e da imunização dos animais.
A contaminação com a PSC acontece por via oronasal e provoca febre, prostração, taquipneia, sede, anorexia, conjuntivite e hemorragias cutâneas nos suínos, podendo causar a morte do animal. Sua ocorrência determina grandes perdas econômicas, provocadas pela alta mortalidade (superior a 90%) ou pelas alterações reprodutivas que ela provoca, como esterilidade, abortos e natimortalidade.
Em sistemas intensivos de produção, a doença demanda a eutanásia de todo o rebanho, o que gera grandes prejuízos. Além disso, a ocorrência de PSC pode impactar diretamente a suinocultura nacional com possíveis embargos de mercados importadores.
Após essa segunda etapa, o MAPA está avaliando a continuidade da vacinação junto a outras associações e entidades locais nos seguintes estados: AM, CE, RR, RN, AP, PB, PA, PB, MA e PI, juntamente com Alagoas.