As obras de instalação de painéis para energia solar nas granjas de integrados à BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, avançam um ano após o lançamento do convênio firmado entre a empresa e o Banco do Brasil, atingindo hoje mais de 100 produtores em todo o País. A parceria – que prevê a disponibilização de R$ 200 milhões para os integrados buscarem eficiência energética – faz parte da jornada de Sustentabilidade da BRF.
Na região Sul – Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina – foram instaladas 70 usinas desde o lançamento do projeto. Já em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso foram construídas 35 plantas de painéis fotovoltaicos. A geração de todos os projetos somados é estimada em 1.314,25 MWh/mês, o que equivale ao consumo de uma cidade com cerca de 18 mil habitantes.
Além dos painéis já instalados, dezenas de projetos de usinas solares em propriedades de produtores integrados à BRF estão em fase de estudos, planejamento ou análise. A implantação de usinas fotovoltaicas também conta com a participação de outras instituições financeiras além do Banco do Brasil e custos mais competitivos e atraentes do que aqueles oferecidos no mercado.
A produção de energia limpa, como eólica e solar, é uma das frentes prioritárias do plano da empresa em ser Net Zero até 2040, reduzindo em emissões de gases de efeito estufa (GEE). A meta da Companhia é chegar em 2030 com mais de 50% da matriz de energia elétrica proveniente de fontes limpas nas suas operações. Para implementar a agricultura de baixo carbono nas cadeias de aves e suínos, a BRF dará escala à utilização de energia solar aos seus produtores integrados, bem como em incubatórios e granjas próprias.
“A instalação dos painéis solares nas granjas é uma maneira de produzir alimentos de forma cada vez mais sustentável”, destaca o diretor corporativo de Agropecuária da BRF, Guilherme Brandt, ao lembrar que a energia fotovoltaica está voltada aos compromissos de sustentabilidade da Companhia, tanto nos aspectos ambientais como financeiros.
Uma das produtoras pioneiras na instalação da usina solar, Roseli Marcon, da Linha Roça Grande, interior de Luzerna, na região Meio-Oeste de Santa Catarina. Formada em Administração, ela trabalha com frango de corte nos últimos seis anos e, há 14 anos, com frango de postura, cujos ovos vão para o incubatório da BRF em Herval D’Oeste, e comemora a decisão de entrar no programa. “Estou bem feliz, porque se não tivesse colocado essas placas estaria pagando uma fortuna de energia elétrica”, ressalta, ao revelar que já pensa em adotar o sistema em outra granja de postura pela economia.
No interior do Rio Grande do Sul, no município de Marques de Souza, Eduardo Ferla conta com painéis de energia solar há poucos meses e já comemora ganhos. Desde dezembro de 2021 deixou para trás um custo médio de R$ 11 mil por mês com contas de luz e reverteu parte disto em lucro. “Depois de pagar o financiamento, como tenho excedente de geração, ainda recebo uma sobra de cerca de R$ 3 mil mensais. Isso foi possível porque tive toda a orientação da BRF, da elaboração do projeto ao encaminhamento com o banco”, explica Ferla.
O produtor gera cerca de 12,3 mil quilowatts mensais, o que permite atender 172 mil aves alojadas por lote em três aviários. Dois novos alojamentos para aves já estão nos planos, assim como a ampliação do número de placas solares instaladas na propriedade.
“Aqui na BRF, a sustentabilidade é uma jornada que não começou agora. Temos consciência da nossa responsabilidade e queremos promover iniciativas que ultrapassem as ações em nossa empresa e impactem também a nossa cadeia, como é o caso dos produtores integrados. Queremos evoluir ainda mais a nossa agenda ESG inspirando diversas partes do nosso setor a serem agentes de mudança”, complementa a diretora de Sustentabilidade da companhia, Mariana Modesto.
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