Representando 96,36% do volume de carnes embarcadas e 97,56% da receita cambial auferida, as exportações brasileiras das carnes bovina, suína e de frango, próximas de 6,6 milhões de toneladas, aumentaram 4,2% nos primeiros noves meses de 2023, mas geraram receita cambial – pouco mais de US$17,630 bilhões – quase 10% inferior à de idêntico período de 2022.
Os dados são do MAPA e foram compilados junto à SECEX/ME. Mostram, na verdade, que a queda na receita só se mantém quando comparada aos resultados (sem dúvida excepcionais) do ano passado. Pois, por exemplo, em relação aos nove primeiros meses de 2021 prevalece aumento próximo de 15%, enquanto o incremento no volume chega a 11%.
Entre as três carnes, neste ano, a maior contribuição na receita cambial voltou a ser a da carne bovina, com 43,23% da receita total. Mesmo assim, seus três indicadores – volume, preço médio e receita – continuam negativos, com quedas de, respectivamente, 4,3%, 20,9% e 24,35%.
A carne de frango permanece com resultado negativo apenas no preço médio, quase 4% inferior ao dos nove primeiros meses de 2022. Com isso, ainda que o volume embarcado tenha aumentado 7,6%, a receita cambial dele decorrente é apenas 3,5% superior.
Até agora, pois, apenas a carne suína permanece com todos os resultados positivos. O volume embarcado aumentou pouco mais de 11% e o preço médio 5,2%, o que proporciona receita cambial quase 17% superior à de um ano atrás.
Tal desempenho, porém, não impediu o retrocesso – de 9,9% – na receita cambial das carnes. Pois mesmo os embarques tendo aumentado mais de 4%, o preço médio recuou perto de 14%.