Uma cartilha publicada no site da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) orienta os produtores rurais sobre os principais cuidados e o manejo ideal para uma criação de porcos caipiras. A atividade está presente em milhares de pequenas propriedades de todo o estado, com objetivo principal de garantir o consumo das famílias, com o aproveitamento da carne e banha dos animais. Mas, em muitos casos, é possível também garantir um aumento na renda, com a venda do excedente da produção.
O material técnico está disponível para acesso gratuito na Livraria Virtual do site www.emater.mg.gov.br ou clicando neste link.
A cartilha apresenta as principais raças e cruzamentos de porcos caipiras. São elas: Piau, Nilo-Canastra, Pirapitinga e Caruncho. A genética é uma dos principais fatores que influenciam na rentabilidade da produção. Por isso, os técnicos da Emater-MG recomendam que seja feita uma avaliação criteriosa sobre a viabilidade de incluir ao rebanho reprodutores puros, geneticamente melhorados, visando aumento da produtividade e qualidade do plantel.
A publicação detalha ainda o manejo da criação. É importante que haja espaços separados para reprodutores, porcas e leitões. Ao nascerem, por exemplo, os leitões precisam de cuidados especiais. Uma das orientações é que eles precisam mamar o colostro nas primeiras seis horas de vida, período em que há melhor absorção dos anticorpos. Se possível, os leitões devem ser mantidos em um local fechado e sob uma fonte de calor, para evitar hipotermia e morte.
Os leitões e a porca devem permanecer nas áreas do parto por, pelo menos, dez dias, para uma melhor proteção dos filhotes. Nesse período, serão alimentados exclusivamente com o leite da porca. Aos dez dias de idade, eles já podem receber uma pequena quantidade de fubá de milho ou ração preparada na propriedade ou comprada.
Alimentação
A alimentação do porco caipira é um item de destaque na cartilha. Ela representa até 80% dos custos. A Emater-MG recomenda uma alimentação rica em energia, como milho, mandioca e cana-de-açúcar. Porém, estes produtos são pobres em proteína. Para resolver esta questão, uma boa opção é o farelo de soja, que pode trazer grandes benefícios para a criação. Ele possui de 43% a 48% de proteína bruta.
O material técnico da Emater-MG também traz uma sugestão de mistura mineral que o produtor pode preparar na propriedade.
O manejo sanitário também é detalhado na cartilha, com informações sobre limpeza das baias ou chiqueiros, controle de parasitas e aplicações de vermífugos.