Exportações, trigo e clima contribuíram para as valorizações.
Ontem, a quinta-feira (05) chegou ao final com preços futuros do milho contabilizando mais um pregão de movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT).
De acordo com a análise da Agrinvest, o suporte veio de vendas semanais dentro do esperado, com 942 mil toneladas da safra 2024/25.
Nesta quinta-feira também foram anunciadas novas exportações dos Estados Unidos para a Coréia do Sul em embarques que vão acontecer entre setembro e outubro.
As informações do site internacional Farm Futures acrescentam também que a força do complexo do trigo ajudou a impulsionar os futuros do milho após os recentes ataques da Ucrânia contra a Rússia, que alimentaram preocupações sobre possíveis interrupções no transporte marítimo no Mar Negro.
“Além disso, as chuvas persistentes que atrasam o plantio em Ohio e outros estados do Cinturão do Milho do leste geraram certo ceticismo quanto à capacidade dos EUA de atingir as expectativas históricas de área cultivada do início desta primavera. A combinação do atraso nos trabalhos de campo, somado às previsões de longo prazo de um verão quente e seco, parece estar alimentando a restauração de algum prêmio climático nos preços da nova safra”, destacou Bruce Blythe, analista da Farm Futures.
O vencimento julho/25 foi cotado à US$ 4,39 com alta de 0,75 pontos, o setembro/25 valeu US$ 4,31 com elevação de 3,50 pontos, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,48 com ganho de 4,50 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,64 com valorização de 4,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (04), de 0,17% para o julho/25, de 0,82% para o setembro/25, de 1,01% para o dezembro/25 e de 1,03% para o março/25.
Mercado brasileiro
Os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3) também acompanharam as altas e fecharam o pregão desta quinta-feira com leves avanços.
O principal fator de suporte foi a alta das cotações de Chicago, que foi forte o suficiente para suplantar a negatividade vida do câmbio, com o dólar se desvalorizando ante ao real ao longo deste dia.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado brasileiro de milho segue lento, com poucas colheitas da safrinha, e com compradores tentando baixar preços.
“Com o dólar em queda, as cotações voltaram a ceder no porto”, ressalta Molinari.
A análise da consultoria destaca ainda que, com Chicago em alta e dólar em queda, o mercado nacional registra negociações retraídas por parte dos consumidores e produtores.
O vencimento julho/25 foi cotado à R$ 64,36 com alta de 0,44%, o setembro/25 valeu R$ 65,39 com queda de 0,09%, o novembro/25 foi negociado por R$ 68,95 com ganho de 0,39% e o janeiro/25 teve valor de R$ 72,51 com elevação de 0,51%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais um dia de recuos. O levantamento realizado identificou desvalorizações em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP e Campinas/SP.