Após quatro anos consecutivos de crescimento, o faturamento do agronegócio brasileiro com exportações pode recuar em 2024, conforme aponta o “Índice de Exportação do Agronegócio | janeiro a setembro de 2024” do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA/ESALQ), divulgado ontem, 26. A análise detalha a importância da China como principal destino das vendas externas, mas revela oscilações que podem impactar o setor de carne suína.
De janeiro a setembro de 2024, a China respondeu por 18% do valor gerado pelas exportações brasileiras de carne suína. Embora continue sendo o principal mercado para o produto, esse percentual reflete desafios, como a queda de dois pontos percentuais na participação geral do país asiático no faturamento do agronegócio brasileiro em comparação ao mesmo período de 2023.
Além da China, o Chile destacou-se como relevante importador, absorvendo 9% das exportações brasileiras de carne suína. Apesar disso, os mercados sul-americanos e asiáticos ainda possuem uma participação mais limitada no cenário geral, indicando oportunidades de diversificação, mas também desafios logísticos e comerciais.
Os dados reforçam a importância da diversificação de destinos e a necessidade de monitorar as oscilações da demanda externa, especialmente em mercados tão relevantes quanto o chinês. Estratégias voltadas para ampliar a presença da carne suína em mercados emergentes podem ser fundamentais para mitigar o impacto da retração projetada para o agronegócio em 2024.