As cotações do suíno vivo reagiram na primeira semana de agosto na maior parte das regiões produtoras do País, disse o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório antecipado ao Broadcast Agro.
Segundo o centro de estudos, entre 30 de julho e 6 de agosto, o suíno vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) se valorizou 1,2%, com a média a R$ 8 por quilo na terça-feira (6).
Quanto ao mercado da carne, agentes consultados pelo Cepea relatam melhora no volume de vendas neste início de mês, mas certa resistência por parte de compradores em aceitar os repasses dos aumentos de preços do animal vivo aos cortes. O valor da carcaça especial suína comercializada no atacado da Grande São Paulo avançou 0,6% de 30 de julho a 6 de agosto, indo para R$ 11,75/kg na terça-feira.
A alta de preços pode estar relacionada tanto ao aquecimento do mercado interno quanto ao incremento nas exportações. Conforme dados divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e compilados pelo Cepea, o Brasil bateu, em julho, recorde das exportações de carne suína. No mês, o Brasil embarcou 137,1 mil toneladas de carne suína (produtos in natura e processados), superando a marca até então histórica, de 114,7 mil toneladas, registrada em agosto de 2022. Ainda segundo dados da Secex compilados pelo Cepea, o volume escoado em julho deste ano ficou 29,4% acima do de junho e 31,5% maior que o de julho do ano passado.