De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o suinocultor conseguiu repassar os custos de nutrição animal às cotações, embora o cenário de pressão sobre as margens da atividade continue pesando
O mercado brasileiro de suínos se recuperou ao longo da última semana, com o ritmo de negócios apresentando maior fluidez e o quadro de oferta mais ajustado frente à demanda.
De acordo com o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o suinocultor conseguiu repassar os custos de nutrição animal às cotações, embora o cenário de pressão sobre as margens da atividade continue pesando.
A expectativa para o restante do mês, segundo Maia, é positiva por causa da demanda interna aquecida. “O spread ainda estreito entre a carcaça suína e o frango congelado é outro fator que pode ajudar o escoamento dos cortes suínos ao longo das próximas semanas”, sinaliza.
Cotações
Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 1,36%, de R$ 6,34 para R$ 6,42. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 1,11%, de R$ 11,61 para R$ 11,74. A carcaça registrou um valor médio de R$ 10,13, aumento de 2,02% frente ao valor registrado no começo do mês, de R$ 9,93.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 58,164 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ 11,632 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 24,053 mil toneladas, com média diária de 4,810 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.418,10.
Em relação a agosto de 2020, houve alta de 24,58% no valor médio diário da exportação, ganho de 15,19% na quantidade média diária exportada e valorização de 8,15% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços, divulgado no fim da semana passada, apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 135,00 para R$ 138,00. No Rio Grande do Sul, o quilo vivo seguiu em R$ 5,70. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,60 para R$ 6,70.
Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,90. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,60 para R$ 6,80. No Paraná, o quilo vivo mudou de R$ 6,55 para R$ 6,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 5,70.