Em suas primeiras projeções para 2026, a CONAB estimou que a produção de carne bovina continuará em queda pelo segundo ano consecutivo. Em decorrência, mesmo ocorrendo aumento na produção das carnes suína e de frango, a produção total sofrerá incremento mínimo, o que – consideradas as previsões de importação e exportação – pode redundar na menor disponibilidade per capita dos últimos três anos.
Pelo previsto, as carnes bovina e suína terão comportamento opostos na produção – a primeira recuando 3,5%; a suína aumentando 3,6%. E como o incremento da carne de frango não chega a 3%, o previsto é uma produção total menos de 1% superior à do ano passado, mas, ainda assim, um novo recorde histórico.
Para a CONAB, a evolução mais expressiva na exportação será a da carne suína: 5,2% de aumento em relação ao corrente exercício, mais que o dobro do aumento estimado para as carnes de frango e bovina – 2,5% e 2,4%, respectivamente.
Frente a esses resultados e à importação estimada, a disponibilidade interna total manterá, praticamente, os mesmos níveis estimados para 2025, mas com ligeira redução: 0,2% a menos, o que corresponde a uma queda no volume total disponível de pouco mais de 50 mil toneladas. Ocasionada, exclusivamente, pela carne bovina (7% a menos), pois a disponibilidade das carne suína e de frango aumentam em torno de 3%.
Resultado final: uma disponibilidade per capita de, aproximadamente, 103,2 kg, cerca de 680 gramas a menos que em 2025 e o menor volume dos últimos três anos (1,670 kg a menos que em 2024). Do total estimado, 49,5% serão de carne de frango, 30,6% de carne bovina e 20% de carne suína.